Qual a origem do povo japonês? Como surgiram os fabulosos samurais, que o cinema transformou em personagens mundialmente conhecidas? Como explicar a continuidade da dinastia nipônica, que sobreviveu a todas as convulsões internas, ao longo dos séculos, e até mesmo à catástrofe da derrota militar de 1945?
Até há alguns anos, costumava-se iniciar a história nipônica com a mitologia, criando-se, assim, o mito do povo divino, da terra dos deuses, e até mesmo da invencibilidade do país das cerejeiras…
Com a derrocada do regime autoritário e do estado policial, também se modificou radicalmente a atitude dos poderes constituídos em relação ao ensino da história.
Procuram-se fatos e não fábulas, que eram destinadas a criar uma determinada mentalidade desejada pela classe dominante. Separou-se, assim, a história da mitologia; a realidade da lenda.
Agora os historiadores nipônicos podem opinar livremente, sem o perigo de serem apanhados nas malhas da lei de segurança pública e outras congêneres, que sufocaram o pensamento livre.
O próprio Ministério da Instrução Pública deu o exemplo, editando, em 1946, o “Kuni-no-Ayumi”, texto de história para as escolas primárias.
Não vem o livro textos escolares nipônicos de outrora. Tem uma atitude completamente diferente. Procura ser objetivo, sincero e democrático na medida do possível.
Essa nova orientação, coerente, aliás, com o estado democrático criado pela Constituição de 1946, animou-me a tentar uma compilação da história do império insular.
Não sendo historiador, nem dispondo de conhecimentos suficientes para uma obra original, nada mais podia fazer do que coligir dados e redigir, em linguagem chã, um resumo da longa sucessão de fatos históricos da terra de meus pais.
Simples jornalista interessado em divulgar coisas do Japão, desejo, antes de mais nada, ser objetivo e breve nesta minha primeira tentativa sobre matéria tão difícil e complexa, como é a história do Japão.
Para a concretização deste desejo, foi-me de grande valia o citado “Kuni-no-Ayumi”, que, segundo a abalizada opinião do professor Zempati Ando, foi escrito com muito critério e objetividade. Segui, em grande parte, a divisão cronológica didática, adotada no mencionado livro.
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Olá Rafael,
Conferimos o link e está ok. Você pode fazer o download pelo link “GET”. Boa leitura.