Quando da realização da 1ª Jornada Pedagógica com os Cursos Pré-Vestibulares Comunitários Parceiros da PUC-Rio, ao final de outubro de 2004, corroboraram-se o senso de urgência e a importância de um estudo pedagógico sobre os CPVCs. Com efeito, após uma década de ações desses cursos, havia a necessidade de uma abordagem mais pedagógica, seja no âmbito dos próprios cursos comunitários parceiros, seja no da PUC-Rio.
Entretanto, tal percepção de urgência talvez tenha se tornado mais premente no final de 2004, com a aprovação do ProUni (Programa Universidade para Todos) – que gerou 112.000 vagas no Ensino Superior particular, decorrentes de isenção fiscal concedida pela União – e com a adoção de um processo seletivo de acesso a essas vagas através de uma alternativa de exame vestibular, baseada no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).
Já no âmbito mais institucional da PUC-Rio, a implantação da reforma de suas oito Licenciaturas, em atendimento às Resoluções 01 e 02/2002, do Conselho Nacional de Educação, a implementação da norma sobre as Atividades Educativas Complementares (Conselho de Ensino e Pesquisa da PUC, Norma 01/2003) e a necessidade de se definir uma agenda comum de ações para 2005 – entre a PUC-Rio e os CPVCs parceiros – são fatores de urgência nesse novo cenário macro-político-educacional, definido pelo ProUni e pelo ENEM.
Segundo esse paradigma construtivista do ENEM, os CPVCs deveriam ter também uma face voltada para a formação escolar desejável ao final da educação básica. Em contraponto, contudo, a tradição brasileira dos pré-vestibulares é visceralmente propedêutica: tem sua face voltada para superar a estreita travessia do vestíbulo, a fim de que seu alunado possa transpor os umbrais da universidade em busca de concorridos e seletivos cursos superiores.
Os CPVCs parecem então tornar-se, em 2005, como novos Janos: deles se requer, agora, tanto uma cara voltada à educação básica, quanto uma outra, propedêutica e vestibular. Os CPVCs vivem pois, agora, a oportunidade de se repensarem pedagogicamente, a fim de melhor atender à dupla e concomitante exigência de alicerçar a formação básica escolar, bem como a função propedêutica ao Ensino Superior.
Nesse novo contexto, o subtítulo da obra – espaços de mediações pedagógicas – busca focalizar suas reflexões sobre as questões técnico-pedagógicas específicas – currículo; didática e ensino-aprendizagem; formação docente; avaliação e supervisão pedagógica – que ocorrem em um universo estimado de 2.000 cursinhos pré-vestibulares comunitários, hoje operando no Brasil.
Cursos Pré-Vestibulares Comunitários: Espaços De Mediações Pedagógicas
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