Os Olhos Da Lacraia

Os Olhos Da Lacraia - Ensaios de intervenção crítica tendo em vista aspectos formadores da cultura brasileira sob o enfoque analítico da recepção de autores

Os olhos da lacraia decompõem a imagem em quadrinhos. A minhoca também opera assim. Para a lacraia, a imagem seria mais ou menos como a que se distingue numa tela de TV.

Depois de por os ovos, a fêmea passa-os e repassa-os úmidos no pó até transformá-los em pelotinhas, que ela enterra e abandona. Os filhotes nascem com metade do número das pernas do adulto.

O esqueleto é uma capa externa, que não cresce com o animal. Enquanto o bicho se desenvolve, outra capa se forma sob a velha. Quando a casca externa se rompe, a lacraia sai dela já com a nova formada. Suas mortíferas pinças são empregadas para subjugar os inimigos naturais.

O veneno atua sobre o sistema nervoso das presas, impossibilitando-lhes a movimentação. Um rombo branco indica o lugar do coração da lacraia; na forma oval assinala-se com destaque o intestino.

Em posição de repouso, as pernas da lacraia ficam dispostas numa posição mais ou menos simétrica. Num flagrante de movimento, o bicho executa passos de balé: quando um par de pernas avança, o par oposto recua.

Intentando a renovação do logos poético-linguístico-semiótico (semiótica e linguagem associadas a pilares de recursos literários e filosóficos), se “os olhos da lacraia decompõem a imagem em quadrinhos”, a imagem configurada como uma tela de televisor, nossos campos de estudo neste livro — Linguagem, Poética, Semiótica — desenvolvem-se como emblemas de conhecimento prévio sobre as dificuldades inerentes aos aspectos teoréticos de uma lacraia enclausurada, ensimesmada, encalacrada revolvendo situações de análise que não se isolam na arrogância do saber exclusivista.

Como a lacraia — animal noturno, que se expõe abandonando o regaço úmido da pedra ou a casca da árvore —, saímos também à caça dialética do debate sob a égide do que nos interessa agudizar: as relações da Poética com a Linguagem, a Semiótica e a circularidade do conhecimento nos termos aqui propostos.

Por isso talvez nos concentramos, neste Os Olhos Da Lacraia, propondo novos nexos alusivos sobretudo ao ser e às razões do imaginário que texto e discurso poético se expandem em nosso devir ontológico e problematizador.

A razão e a emoção ditam os veios discursivos aqui desenvolvidos, buscando interlocução com outros discursos e autores, canônicos e não-canônicos, fervendo de pretexto em cumprir lições de mediação nos cursos universitários de Letras, Filosofi a, Comunicação e Sociologia da Linguagem.

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Depois de por os ovos, a fêmea passa-os e repassa-os úmidos no pó até transformá-los em pelotinhas, que ela enterra e abandona. Os filhotes nascem com metade do número das pernas do adulto.

O esqueleto é uma capa externa, que não cresce com o animal. Enquanto o bicho se desenvolve, outra capa se forma sob a velha. Quando a casca externa se rompe, a lacraia sai dela já com a nova formada. Suas mortíferas pinças são empregadas para subjugar os inimigos naturais.

O veneno atua sobre o sistema nervoso das presas, impossibilitando-lhes a movimentação. Um rombo branco indica o lugar do coração da lacraia; na forma oval assinala-se com destaque o intestino.

Em posição de repouso, as pernas da lacraia ficam dispostas numa posição mais ou menos simétrica. Num flagrante de movimento, o bicho executa passos de balé: quando um par de pernas avança, o par oposto recua.

Intentando a renovação do logos poético-linguístico-semiótico (semiótica e linguagem associadas a pilares de recursos literários e filosóficos), se “os olhos da lacraia decompõem a imagem em quadrinhos”, a imagem configurada como uma tela de televisor, nossos campos de estudo neste livro — Linguagem, Poética, Semiótica — desenvolvem-se como emblemas de conhecimento prévio sobre as dificuldades inerentes aos aspectos teoréticos de uma lacraia enclausurada, ensimesmada, encalacrada revolvendo situações de análise que não se isolam na arrogância do saber exclusivista.

Como a lacraia — animal noturno, que se expõe abandonando o regaço úmido da pedra ou a casca da árvore —, saímos também à caça dialética do debate sob a égide do que nos interessa agudizar: as relações da Poética com a Linguagem, a Semiótica e a circularidade do conhecimento nos termos aqui propostos.

Por isso talvez nos concentramos, neste Os Olhos Da Lacraia, propondo novos nexos alusivos sobretudo ao ser e às razões do imaginário que texto e discurso poético se expandem em nosso devir ontológico e problematizador.

A razão e a emoção ditam os veios discursivos aqui desenvolvidos, buscando interlocução com outros discursos e autores, canônicos e não-canônicos, fervendo de pretexto em cumprir lições de mediação nos cursos universitários de Letras, Filosofi a, Comunicação e Sociologia da Linguagem.

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