Capitães Da Areia

Capitães da Areia é um drama de autoria do escritor brasileiro Jorge Amado, escrito em 1937. O livro retrata a vida de um grupo de menores abandonados, que crescem nas ruas da cidade de Salvador

,vivendo em um trapiche, roubando para sobreviver, chamados de "Capitães da Areia".
Já em Novembro de 1937 a obra foi perseguida pelo governo, sendo queimados em Salvador 808 exemplares em praça pública, junto a outros livros do autor e outros escritores, como José Lins do Rego, sob o pretexto de se tratar de objeto de propaganda comunista.
No dia 8 de dezembro do mesmo ano a obra foi também uma das que foram apreendidas nas livrarias do Rio de Janeiro, sob a alegação de serem "nocivas à sociedade".
Havia no Brasil da década de 1930 uma visão de país "novo", que ainda não havia se realizado, como registrou Antonio Candido de Mello e Souza, ressaltando os autores da época aquilo, que separava a nação dos países ricos.
Vivia o Brasil um momento conturbado, em que se tomava consciência da chamada luta de classes, durante a ascensão ao poder de Getúlio Vargas. João Luiz Lafetá afirma que “A consciência da luta de classes, embora de forma confusa, penetra em todos os lugares - na literatura inclusive, e com uma profundidade que vai causar transformações importantes”.
Buscava-se, então, a mudança social, ao contrário do momento literário anterior em que se enaltecia as qualidades do país, presente no movimento modernista; há um certo desencanto com a realidade, que a literatura passa a retratar de modo pessimista, mas fazendo-o de forma ativa, transformadora. No dizer de Lafetá, deu-se a "consciência pessimista do subdesenvolvimento".
Nesse contexto, a obra de Amado pode ser qualificada como "social e proletária".
Neste livro, Jorge Amado retrata a vida nas ruas de Salvador, capital do estado brasileiro da Bahia, naquela época afetada por uma epidemia de bexiga (varíola); o aparato policial destinava-se à perseguição pura e simples dos menores infratores, encontrando mesmo prazer na tortura, sem qualquer senso de justiça. Diante do ambiente hostil em que vivem, o grupo de meninos abandonados reage de forma também agressiva, mas de forma a encontrar nas ruas uma certa liberdade; tem por refúgio um velho trapiche abandonado, numa das praias da capital baiana - de onde vem o nome do grupo.
Esse trapiche é a única referência de "lar" que possuem; é onde se abrigam, se escondem, e vivem como família. Sua descrição ocupa lugar de destaque no início da obra. Ali constroem suas próprias regras, são os senhores e é objeto de investigação pelas autoridades, que desconhecem onde os mesmos se ocultam.
Localizada na Cidade Baixa, parte da capital baiana onde está a zona portuária, é contudo na  residencial e mais rica Cidade Alta que os menores realizam suas ações infratoras.

   

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Capitães Da Areia

Capitães da Areia é um drama de autoria do escritor brasileiro Jorge Amado, escrito em 1937. O livro retrata a vida de um grupo de menores abandonados, que crescem nas ruas da cidade de Salvador ,vivendo em um trapiche, roubando para sobreviver, chamados de “Capitães da Areia”.
Já em Novembro de 1937 a obra foi perseguida pelo governo, sendo queimados em Salvador 808 exemplares em praça pública, junto a outros livros do autor e outros escritores, como José Lins do Rego, sob o pretexto de se tratar de objeto de propaganda comunista.
No dia 8 de dezembro do mesmo ano a obra foi também uma das que foram apreendidas nas livrarias do Rio de Janeiro, sob a alegação de serem “nocivas à sociedade”.
Havia no Brasil da década de 1930 uma visão de país “novo”, que ainda não havia se realizado, como registrou Antonio Candido de Mello e Souza, ressaltando os autores da época aquilo, que separava a nação dos países ricos.
Vivia o Brasil um momento conturbado, em que se tomava consciência da chamada luta de classes, durante a ascensão ao poder de Getúlio Vargas. João Luiz Lafetá afirma que “A consciência da luta de classes, embora de forma confusa, penetra em todos os lugares – na literatura inclusive, e com uma profundidade que vai causar transformações importantes”.
Buscava-se, então, a mudança social, ao contrário do momento literário anterior em que se enaltecia as qualidades do país, presente no movimento modernista; há um certo desencanto com a realidade, que a literatura passa a retratar de modo pessimista, mas fazendo-o de forma ativa, transformadora. No dizer de Lafetá, deu-se a “consciência pessimista do subdesenvolvimento”.
Nesse contexto, a obra de Amado pode ser qualificada como “social e proletária”.
Neste livro, Jorge Amado retrata a vida nas ruas de Salvador, capital do estado brasileiro da Bahia, naquela época afetada por uma epidemia de bexiga (varíola); o aparato policial destinava-se à perseguição pura e simples dos menores infratores, encontrando mesmo prazer na tortura, sem qualquer senso de justiça. Diante do ambiente hostil em que vivem, o grupo de meninos abandonados reage de forma também agressiva, mas de forma a encontrar nas ruas uma certa liberdade; tem por refúgio um velho trapiche abandonado, numa das praias da capital baiana – de onde vem o nome do grupo.
Esse trapiche é a única referência de “lar” que possuem; é onde se abrigam, se escondem, e vivem como família. Sua descrição ocupa lugar de destaque no início da obra. Ali constroem suas próprias regras, são os senhores e é objeto de investigação pelas autoridades, que desconhecem onde os mesmos se ocultam.
Localizada na Cidade Baixa, parte da capital baiana onde está a zona portuária, é contudo na  residencial e mais rica Cidade Alta que os menores realizam suas ações infratoras.

   

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