
“Verás Que Um Filho Teu Não Foge À Luta” nos brinda com uma reflexão sobre o nosso atual contexto de inserção em uma sociedade em rede, em que democracia, vigilância e movimentos sociais se entrelaçam em relações cada vez mais complexas e imprevisíveis. Ao procurar desvendar as novas ações dos movimentos sociais em rede, João Pedro foi em busca de um viés inovador para a sua pesquisa propondo uma análise diferenciada para o sentido de vigilância ao identificar elementos de contravigilância, que transforma o objeto de vigilância em sujeito de vigilância.
Ao investigar em que medida a contravigilância, como expressão de contrapoder na sociedade em rede, pode representar um exercício de democracia, sua pesquisa se aprofunda com maestria na compreensão das técnicas de vigilância sobre indivíduos e populações. Ao final de sua obra, apresenta uma ressignificação da teoria dos movimentos sociais, agregando novos conceitos, em especial o da vigilância e reivindicação de direitos.
“Verás Que Um Filho Teu Não Foge À Luta” nos ajuda a compreender um momento, que já perdura alguns anos, de profunda instabilidade política e democrática no mundo e que tem na internet um espaço de resistência e profusão de ideias e de intensa comunicação e denúncia de violação de direitos. Imagens e relatos dessas violações passaram a circular instantaneamente e a afetar profundamente a compreensão social sobre demandas que estariam ausentes do conhecimento público se não fossem as novas tecnologias da informação e comunicação, sendo capazes de alterar as narrativas sociais.
“Verás Que Um Filho Teu Não Foge À Luta” nos apresenta uma versão de mundo com cada vez mais riscos e desafios, mas também com novas possibilidades de indignação e esperança social.
