Universidades Comunitárias E Terceiro Setor

Universidades Comunitárias E Terceiro Setor - Este livro é fruto da reflexão e vivência de muitos anos que o autor dedicou e dedica à causa comunitária.

O momento que vivemos nos permite assistir um debate apaixonado e até mesmo extremado entre os defensores do mercado e do Estado. Obras são lançadas constantemente defendendo vantagens de cada um dos modelos.

Seus autores não se permitem muitas vezes enxergar outra saída que não seja a da sobreposição de um dos polos sobre o outro. No entanto, nos parece cada vez mais difícil observar a distinção rígida entre o público e o privado.

Se no passado era relativamente fácil identificar o que era atividade do Estado e o que era privado, hoje isto se tornou bastante complexo. Na atualidade, essas atividades se interpenetram de uma forma nunca vista anteriormente.

São empresas públicas que terceirizam boa parte do que seriam suas obrigações, mantendo sua fachada de entidades públicas, mas se imiscuindo com empresas privadas em transações que são fontes de corrupção, propinas e privilégios corporativos.

O mesmo acontece com empresas privadas que recebem recursos públicos para realizarem suas atividades, dificultando, assim, sabermos até onde vai a atividade estatal e seus recursos e onde começa a atividade privada e seus lucros. Um quadro que possibilita que maus empresários e certos servidores públicos se locupletem com recursos públicos.

Nesta direção, faz muito sentido levantarmos a bandeira do comunitarismo, como forma de controle aos problemas anteriormente mencionados. Como exemplo, podemos lembrar o que lemos e ouvimos todos os dias sobre cobranças indevidas de taxas, de apólices e de serviços não contratados enviadas por empresas, como bancos e distribuidoras de energia elétrica.

São empresas estatais e empresas privadas que cometem um verdadeiro assalto ao bolso do cidadão. Certamente se essas empresas fossem comunitárias seria mais fácil evitar esse tipo de ocorrência, seja pela proximidade do consumidor à empresa e aos seus gestores, seja pela necessária transparência que as instituições públicas não estatais tendem a apresentar.

O reconhecimento da função pública das organizações comunitárias e a sua importância para o Estado de Bem-Estar não é exclusividade dos comunitaristas.

O economista Thomas Piketty, na sua influente obra O Capital No Século XXI, por exemplo, é enfático ao afirmar que a redução da desigualdade social, a ampliação do bem-estar e o fortalecimento dos serviços públicos no século XXI requer um Estado social forte, mas que é inviável pensar na ampliação indefinida das estruturas estatais.

Impõe-se uma visão não reducionista do “setor público”, incluindo fundações e associações que atuam em setores como educação e saúde.

Vivemos num sistema de economia mista, segundo Piketty, e novas formas de organização e de propriedade estão para ser inventadas. Esse ponto de vista converge inteiramente com as posições aqui explanadas.

https://iieb.org.br/wp-content/uploads/2019/02/Livro_SFX_WEB_reduzido.pdf

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Seus autores não se permitem muitas vezes enxergar outra saída que não seja a da sobreposição de um dos polos sobre o outro. No entanto, nos parece cada vez mais difícil observar a distinção rígida entre o público e o privado.

Se no passado era relativamente fácil identificar o que era atividade do Estado e o que era privado, hoje isto se tornou bastante complexo. Na atualidade, essas atividades se interpenetram de uma forma nunca vista anteriormente.

São empresas públicas que terceirizam boa parte do que seriam suas obrigações, mantendo sua fachada de entidades públicas, mas se imiscuindo com empresas privadas em transações que são fontes de corrupção, propinas e privilégios corporativos.

O mesmo acontece com empresas privadas que recebem recursos públicos para realizarem suas atividades, dificultando, assim, sabermos até onde vai a atividade estatal e seus recursos e onde começa a atividade privada e seus lucros. Um quadro que possibilita que maus empresários e certos servidores públicos se locupletem com recursos públicos.

Nesta direção, faz muito sentido levantarmos a bandeira do comunitarismo, como forma de controle aos problemas anteriormente mencionados. Como exemplo, podemos lembrar o que lemos e ouvimos todos os dias sobre cobranças indevidas de taxas, de apólices e de serviços não contratados enviadas por empresas, como bancos e distribuidoras de energia elétrica.

São empresas estatais e empresas privadas que cometem um verdadeiro assalto ao bolso do cidadão. Certamente se essas empresas fossem comunitárias seria mais fácil evitar esse tipo de ocorrência, seja pela proximidade do consumidor à empresa e aos seus gestores, seja pela necessária transparência que as instituições públicas não estatais tendem a apresentar.

O reconhecimento da função pública das organizações comunitárias e a sua importância para o Estado de Bem-Estar não é exclusividade dos comunitaristas.

O economista Thomas Piketty, na sua influente obra O Capital No Século XXI, por exemplo, é enfático ao afirmar que a redução da desigualdade social, a ampliação do bem-estar e o fortalecimento dos serviços públicos no século XXI requer um Estado social forte, mas que é inviável pensar na ampliação indefinida das estruturas estatais.

Impõe-se uma visão não reducionista do “setor público”, incluindo fundações e associações que atuam em setores como educação e saúde.

Vivemos num sistema de economia mista, segundo Piketty, e novas formas de organização e de propriedade estão para ser inventadas. Esse ponto de vista converge inteiramente com as posições aqui explanadas.

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