
Quando se presume que a ordem depende de uma autoridade centralizada, imagina-se que a anarquia signifique um caos violento. Entretanto, os anarquistas tem discutido bastante, e demonstrado, que outras formas de ordem são tanto possíveis quanto benéficas: do ponto de vista ecológico, social e psicológico.
Enquanto a anarquia tem influenciado no desenvolvimento da psicologia e tem atualmente sido praticada em algumas disciplinas, com exceção do corpo de trabalho de Denny Fox, a anarquia ainda haverá de ser levada a sério na psicologia contemporânea.
Com base na teoria anarquista, pós-estruturalista e feminista, assim como na experiência pessoal, Anarquia E Psicologia oferece uma introdução à anarquia não somente como uma prática social pública, mas também como um estado de espírito interior. Ele é oferecido em contraste ao estado de espírito que sustenta o estado enquanto instituição.
O estado de espírito do estadista é caracterizado pela representação acima da experiência direta, uma atração para dominação e controle, e uma confiança contínua no medo.
Um outro estado de espírito, produzido por e para relações sociais anarquistas, é caracterizada pela equalidade (liberdade-igualdade), desapego à memória e ao amor.
Tal estado de espírito, eu debato, é cultivado através de prática interna (espiritual) e através das relações livres, iguais e amorosas entre os pares. Tais processos de redes a nível nano e macro resultam potencialmente em relações sociais anarquistas a nível macro mais comumente associadas ao pensamento anarquista.
O objetivo do anarquistas é o de trocar formas existentes de hierarquia e dominação, ambas institucionalizadas e interpessoais, por outras formas de organização (caracterizadas pelo auxílio mútuo, associação voluntária, espontaneidade e autogerenciamento) praticados na atualidade.
Ao praticar os ideais anarquistas na organização de espaços sociais, subjetividades autônomas, empoderadas, cooperativas (outros estados de espírito) emergem.
