On The Road: O Manuscrito Original

"A estrada já foi toda contada”, disse Jack Kerouac em uma carta de 22 de maio de 1951, enviada de Nova York a seu amigo Neal Cassady, que estava no Oeste, em San Francisco. “Chegou rápido porque a estrada é rápida.”


Kerouac disse a Cassady que entre os dias 2 e 22 de abril havia escrito “um romance inteiro de 125.000 [palavras]... A história é sobre você e eu e a estrada”. Ele havia escrito “tudo em um rolo de papel com 36 metros de comprimento... simplesmente inserido na máquina de escrever e sem qualquer divisão de parágrafos... deixando que o papel se desenrolasse sobre o chão e que o aspecto do rolo lembrasse o de uma estrada”.
Como todas as demais coisas sobre ele, a história de como Jack Kerouac escreveu On the Road se transformou em lenda. Seguramente, quando li o livro aos dezesseis, meu amigo Alan já sabia tudo a seu respeito. Ele o havia lido primeiro e, àquela altura, já usava uma camiseta branca, uma calça Levi’s de cintura baixa e escutava George Shearing.
Isso ocorreu há 25 anos, em uma cidade litorânea, branca e azul, desbotada pelo sol, na costa sul da Inglaterra. Kerouac estava sob forte efeito de benzedrina e o escreveu de uma tirada, em três semanas, em um rolo de papel de teletipo, sem nenhuma pontuação.
Apenas se sentou, o rádio em uma estação de música bop, e deixou o texto jorrar para fora dele, e as histórias eram todas verdadeiras, histórias de vida, cada palavra, tudo sobre pegar a estrada e cruzar a América na companhia de seu louco amigo Dean, tudo sobre jazz, bebidas, garotas, drogas, liberdade.
Eu não sabia o que eram bop e benzedrina, mas fui descobrir e comprei uma porção de discos de Shearing e Slim Gaillard. On the Road foi o primeiro livro com uma trilha sonora interna que li ou de que ouvi falar. Depois que li On the Road e tentei encontrar outros livros de Kerouac, a história que eu escutava era sempre a mesma.
Na sobrecapa da minha velha versão inglesa de Visions of Cody diz que: On the Road foi escrito em 1951, em uns poucos dias de escrita febril num rolo de papel de impressão para jornais.

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Kerouac disse a Cassady que entre os dias 2 e 22 de abril havia escrito “um romance inteiro de 125.000 [palavras]… A história é sobre você e eu e a estrada”. Ele havia escrito “tudo em um rolo de papel com 36 metros de comprimento… simplesmente inserido na máquina de escrever e sem qualquer divisão de parágrafos… deixando que o papel se desenrolasse sobre o chão e que o aspecto do rolo lembrasse o de uma estrada”.
Como todas as demais coisas sobre ele, a história de como Jack Kerouac escreveu On the Road se transformou em lenda. Seguramente, quando li o livro aos dezesseis, meu amigo Alan já sabia tudo a seu respeito. Ele o havia lido primeiro e, àquela altura, já usava uma camiseta branca, uma calça Levi’s de cintura baixa e escutava George Shearing.
Isso ocorreu há 25 anos, em uma cidade litorânea, branca e azul, desbotada pelo sol, na costa sul da Inglaterra. Kerouac estava sob forte efeito de benzedrina e o escreveu de uma tirada, em três semanas, em um rolo de papel de teletipo, sem nenhuma pontuação.
Apenas se sentou, o rádio em uma estação de música bop, e deixou o texto jorrar para fora dele, e as histórias eram todas verdadeiras, histórias de vida, cada palavra, tudo sobre pegar a estrada e cruzar a América na companhia de seu louco amigo Dean, tudo sobre jazz, bebidas, garotas, drogas, liberdade.
Eu não sabia o que eram bop e benzedrina, mas fui descobrir e comprei uma porção de discos de Shearing e Slim Gaillard. On the Road foi o primeiro livro com uma trilha sonora interna que li ou de que ouvi falar. Depois que li On the Road e tentei encontrar outros livros de Kerouac, a história que eu escutava era sempre a mesma.
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