Vozes Silenciadas

Vozes Silenciadas analisa a abordagem dos principais veículos de comunicação sobre o maior desastre por derramamento de petróleo do Brasil.

A publicação Vozes Silenciadas: A Cobertura Do Vazamento De Petróleo Na Costa Brasileira analisa a abordagem dos principais veículos de comunicação no Brasil sobre o maior desastre por derramamento de petróleo cru do Oceano Atlântico Sul.

Dados levantados pelo Intervozes mostram que, além do atraso de quase um mês na divulgação dos fatos pela mídia, seja nos veículos de alcance nacional ou nos de alcance regional, em média 60% das vozes ouvidas foram de autoridades públicas e apenas 5% aproximadamente representavam os povos e comunidades tradicionais diretamente afetados.

A extensiva pesquisa se deteve sobre a cobertura dos seguintes jornais impressos: O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, A Tarde (BA), Jornal do Commercio (PE), O Estado do Maranhão (MA) e Diário do Nordeste (CE). Além deles, analisou-se a cobertura da Agência Brasil, agência de notícias da EBC, empresa pública de comunicação, e os televisivos Jornal da Record (Record TV), Jornal Nacional (Rede Globo) e SBT Brasil (SBT).

A análise agora realizada aponta para alguns padrões e semelhanças na cobertura da mídia de abrangência regional e nacional. Chama atenção o atraso na cobertura do vazamento de petróleo pelos veículos. Tanto os nacionais quanto os regionais demoraram quase um mês para noticiar o aparecimento de manchas misteriosas no mar, quando estas já estavam visíveis na costa de cidades nordestinas.

As matérias e reportagens também tiveram como característica o recorrente uso de fontes oficiais, tendo nestas quase como ancoradouro dos textos, num padrão que convencionou-se chamar de “jornalismo declaratório”.

Retomando o questionamento que motivou a pesquisa é patente a invisibilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais, como pescadores/as e marisqueiras/os - categorias dramaticamente atingidas pelo desastre socioambiental, por terem os mares, mangues e rios como fontes de vida e sustento. Verifica-se, por exemplo, que a referência ou nomeação de “pescadores/as” e “marisqueiros/as” é quase que apagada dos títulos dos jornais impressos estudados.

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A extensiva pesquisa se deteve sobre a cobertura dos seguintes jornais impressos: O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, A Tarde (BA), Jornal do Commercio (PE), O Estado do Maranhão (MA) e Diário do Nordeste (CE). Além deles, analisou-se a cobertura da Agência Brasil, agência de notícias da EBC, empresa pública de comunicação, e os televisivos Jornal da Record (Record TV), Jornal Nacional (Rede Globo) e SBT Brasil (SBT).

A análise agora realizada aponta para alguns padrões e semelhanças na cobertura da mídia de abrangência regional e nacional. Chama atenção o atraso na cobertura do vazamento de petróleo pelos veículos. Tanto os nacionais quanto os regionais demoraram quase um mês para noticiar o aparecimento de manchas misteriosas no mar, quando estas já estavam visíveis na costa de cidades nordestinas.

As matérias e reportagens também tiveram como característica o recorrente uso de fontes oficiais, tendo nestas quase como ancoradouro dos textos, num padrão que convencionou-se chamar de “jornalismo declaratório”.

Retomando o questionamento que motivou a pesquisa é patente a invisibilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais, como pescadores/as e marisqueiras/os – categorias dramaticamente atingidas pelo desastre socioambiental, por terem os mares, mangues e rios como fontes de vida e sustento. Verifica-se, por exemplo, que a referência ou nomeação de “pescadores/as” e “marisqueiros/as” é quase que apagada dos títulos dos jornais impressos estudados.

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