
Nos argumentos que se seguem, meu propósito é apresentar uma forma de compreensão do que é a literatura e a crítica literária como componentes fundamentais da formação dessa consciência ética universal que se conhece atualmente como “defesa dos direitos humanos.”
De antemão, devo enfatizar que não se trata de uma estratégia de introdução de quaisquer temas distantes da literatura. Normalmente, introduz-se a crítica literária para problematizá-la e assim encontrar novas modalidades para a produção de estudos no âmbito da profissão acadêmica.
O meu propósito aqui gira mais em torno de questões fundamentais, ou seja, de buscar o realinhamento de ideologemas teóricos para assim chegar a uma compreensão da literatura e da crítica literária em si mesmas como história da criação e da defesa dos direitos humanos.
Dada a história mundial recente, essa tarefa é imperativa para a crítica literária sócio-histórica. Reconhecê-la como imperativo envolve um questionamento existencial, na medida em que toda interpretação de significados se faz desde a experiência pessoal mais direta.
Entrar na matéria requer, portanto, um primeiro passo testemunhal que atravesse uma via partindo do individual e daí chegue às questões mais transcendentes. Por outra parte, parece evidente que nenhum imperativo profissional é tido como tal se não é compartilhado ao menos por uma parte da comunidade profissional.
Com a certeza de que isto funciona sempre desta maneira é que, desde o início desses questionamentos, falarei em primeira pessoa, assumindo a responsabilidade dos méritos e dos deméritos de meu depoimento.
Sem embargo, à medida em que nele avance, com frequência lançarei mão de um “nós” retórico. Justifico para tal, a evidência concreta de que outros intelectuais comprometidos também buscam uma nova âncora hermenêutica para dar sentido ao seu trabalho crítico, em uma época de enormes catástrofes políticas, pessoais e coletivas.
Por último, nesses parágrafos introdutórios resta dizer que, precisamente porque compartilho essa preocupação com outros críticos literários, meus argumentos só aspiram dar nada mais do que os primeiros passos em uma área teórica que não vi ser muito transitada por outros (pesquisadores da teoria e críticos literários).
Aliás, o surgimento desse tema deveria (obrigatoriamente) ser uma questão de alcance comunitário. Por isso, a partir de agora, confesso a natureza esquemática desse primeiro esforço. Isso deve ser entendido, portanto, como um convite para continuá-lo.

Respostas de 4
Desculpe, mas eu me dirigi ao então Diretor da Editora da UFPI e ele me confirmou q não “disponibilizou” a publicação deste livro neste site ou a qualquer outro. Sou o autor da tradução deste livro e não me sinto à vontade (na verdade fico é constrangido) para discutir se o trabalho de vocês opera ou mesmo viola nivelando a uma simples apropriação indébita de meu trabalho intelectual em relação a este livro, escrito originalmente em espanhol, do meu ex-orientador de doutoramento na University of Minnesota, Hernán Vidal. Queiram por gentileza se retratar e solicitar formalmente a duplicação no seu site do livro de Hernan Vidal que eu traduzi.
Quem lhes deu autorização pra postar isso aqui, hein?
O link que compartilhamos foi disponibilizado pela Editora da Universidade Federal do Piauí – EDUFPI, que disponibilizou o ebook, de forma aberta, para download gratuito. Nossa parcela é apena de divulgação e compartilhamento de conhecimento.
Por q então vcs não divulgam o nome do tradutor do livro e o site da UFPI q divulga o e-book, ? Vcs não acham relevantes essas informações, é? Isso é trabalho intelectual de vcs, é?