Da Violência

Da Violência, escrita entre 1968 e 1969, trata de uma investigação acerca da "natureza e das causas da violência". Tal discussão se estrutura em três partes. A autora parte da descrição e discussão dos acontecimentos políticos imediatos, colocando-nos o sistema de guerra e violência a que estamos submetidos. Para a autora, a guerra é o sistema social básico, dentro do qual outros tipos de organização social conflitam ou conspiram. Superpopulação, por exemplo, para a autora, redunda em agressividade e violência.


Assuntos discutidos, por exemplo, é que à Segunda guerra mundial não se seguiu a paz, mas sim uma guerra fria e o estabelecimento do complexo militar-industrial. Não menos hoje, algumas décadas após o lançamento da obra - atualíssima - ainda temos prioridade do potencial para luta armada como a principal força de estruturação da sociedade.
Os sistemas econômicos, as filosofias políticas e a corpora juris servem e estendem o sistema bélico. Para Arendt, a paz é a continuação da guerra por outros meios ? é o verdadeiro desenvolvimento das técnicas de guerra, que desfilam no cenário mundial em momentos oportunos.
No segundo capítulo, o mais importante de todos, dá-se a discussão sobre a distinção entre poder e violência, a partir da qual Arendt propõe parâmetros para a compreensão dos acontecimentos políticos particulares. Neste momento Arendt fará a crítica à comum idéia ou consenso dos teóricos políticos de que a violência é uma flagrante manifestação de poder, ou seja, de que o poder político é manifestação de violência.
Neste contexto cita Max Weber, para quem "o Estado é o domínio de homens sobre homens com base nos meios de violência legítima, isto é, supostamente legítima"; bem como Voltaire, onde o poder está presente onde quer que se tenha a chance de se impor à própria vontade, contra a resistência dos outros; e ainda Jouvenal, para o qual a essência do poder é o domínio. Na seqüência, a autora lembra a pertinente análise de Hobbes, de que muitos fracos unidos tornam-se tão fortes ou mais que aquele que exerce o domínio pela força, e reitera que o poder não pode exercitar-se ou perpetuar-se pela força, uma vez que este cessa, quando a força acaba. Logo, para a autora, o poder é diferente de força.

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Da Violência, escrita entre 1968 e 1969, trata de uma investigação acerca da “natureza e das causas da violência”. Tal discussão se estrutura em três partes. A autora parte da descrição e discussão dos acontecimentos políticos imediatos, colocando-nos o sistema de guerra e violência a que estamos submetidos. Para a autora, a guerra é o sistema social básico, dentro do qual outros tipos de organização social conflitam ou conspiram. Superpopulação, por exemplo, para a autora, redunda em agressividade e violência.
Assuntos discutidos, por exemplo, é que à Segunda guerra mundial não se seguiu a paz, mas sim uma guerra fria e o estabelecimento do complexo militar-industrial. Não menos hoje, algumas décadas após o lançamento da obra – atualíssima – ainda temos prioridade do potencial para luta armada como a principal força de estruturação da sociedade.
Os sistemas econômicos, as filosofias políticas e a corpora juris servem e estendem o sistema bélico. Para Arendt, a paz é a continuação da guerra por outros meios ? é o verdadeiro desenvolvimento das técnicas de guerra, que desfilam no cenário mundial em momentos oportunos.
No segundo capítulo, o mais importante de todos, dá-se a discussão sobre a distinção entre poder e violência, a partir da qual Arendt propõe parâmetros para a compreensão dos acontecimentos políticos particulares. Neste momento Arendt fará a crítica à comum idéia ou consenso dos teóricos políticos de que a violência é uma flagrante manifestação de poder, ou seja, de que o poder político é manifestação de violência.
Neste contexto cita Max Weber, para quem “o Estado é o domínio de homens sobre homens com base nos meios de violência legítima, isto é, supostamente legítima”; bem como Voltaire, onde o poder está presente onde quer que se tenha a chance de se impor à própria vontade, contra a resistência dos outros; e ainda Jouvenal, para o qual a essência do poder é o domínio. Na seqüência, a autora lembra a pertinente análise de Hobbes, de que muitos fracos unidos tornam-se tão fortes ou mais que aquele que exerce o domínio pela força, e reitera que o poder não pode exercitar-se ou perpetuar-se pela força, uma vez que este cessa, quando a força acaba. Logo, para a autora, o poder é diferente de força.

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