A história da música ocidental parte da composição melódico-linear, criando a polifonia do contraponto, isto é, a arte de unir várias linhas melódicas em um todo só, processo do qual surgiu a harmonia, ou seja, um sistema de ordem que tem por objetivo a formação e o encadeamento de acordes e caracteriza a produção musical desde o século XVII à primeira metade do século XX, aproximadamente.
Não há, por isso, nada mais lógico do que seguir a evolução natural do desenvolvimento da linguagem musical, estudando em primeiro lugar, a composição da linha melódica e os principio de estruturação contrapontística e, somente depois, ou, então, simultaneamente, a concatenação harmônica, e não vice-versa, como ainda ocorre na maioria das nossas escolas de música,
Os princípios de composição contrapontística do século XVI, aos quais é dedicado este trabalho, são empíricos, derivados de feitos históricos e, principalmente, da arte de cantar.
Assim distingo, neste trabalho, regras (diretrizes) estilísticas, didáticas e estéticas. Entendo por regras estilísticas aquelas que caracterizam o estilo de uma determinada época ou o estilo particularizado de um compositor, regras as quais, ao estudar o estilo de Palestrina e de seus contemporâneos, devem ser respeitadas com o máximo rigor.
Por regras didáticas entendo aquelas que facilitam a apreensão das regras estilísticas. E por regras estéticas aquelas que visam a conscientização da principios artistico-musicais subjetivos.
Nascido na Alemanha e naturalizado brasileiro, Koellreutter estudou com grandes mestres europeus, como Marcel Moyse e Herman Scherchen, começando a carreira como concertista de flauta e regente.
No Brasil, atua como professor e compositor desde 1938, Introduzindo conceitos modernos e exercendo grande intluência nas novas gerações de compositores e intérpretes.
Para difundir seus conceitos, criou em 1939 o grupo Música Viva, cujas ideias e produção eram veiculadas pela revista de mesmo nome. Fundou diversas escolas, exerceu crítica musical e publicou diversos lívros, tanto no Brasil quanto no Japão e na Índia, países nos quais atuou e é também muito estimado e reconhecido.
Sua ópera “Café”, com texto de Mário de Andrade estreou em 1996. Inúmeros musicólogos se dedicam ao estudo de sua obra musical, em todo o Brasil. Igualmente considerado em seu próprio pais, representou-o, através do Instituto Goothe, em diversas ocasiões.
Recebeu medalhas, troféus, cidadanias honorárias, títulos honorários em universidades e lnúmeros prêmios.