Ensaios De Terrorismo

O livro tem como finalidade estabelecer um corpus documental capaz de instruir investigações atentas à história da atuação do Comando De Caça Aos Comunistas

O presente trabalho historiográfico tem como finalidade estabelecer um corpus documental capaz de instruir investigações atentas à história da atuação do Comando De Caça Aos Comunistas (CCC).

Esta organização paramilitar, cuja atuação se fundava na perpetração de um terrorismo nitidamente com propósitos alinhados à ideologia de extrema-direita, foi partícipe de destaque em momentos políticos decisivos desde o processo de instauração do regime civil-militar e até o completo fechamento ditatorial – período compreendido entre o golpe de 31 de março de 1964 e a decretação do Ato Institucional n°5 (AI-5), a 13 de dezembro de 1968.

A importância de uma historiografia preocupada com o Comando De Caça Aos Comunistas e outras organizações paramilitares reside no entendimento de que estas foram germes da estruturação do terrorismo de Estado durante o regime civil-militar no Brasil.

Órgãos paramilitares “semioficiais”, como a OBAN (Operação Bandeirante), e oficiais, como seu sucessor, o DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna), após o AI-5 deram continuidade de forma profissional ao trabalho, até então “voluntário”, de perseguição ideológica e de caça aos “comunistas”, “subversivos” ligados a organizações armadas remanescentes das lutas e mobilizações estudantis, operárias, artísticas e clericais da década de 1960.

Esta historiografia, preocupada com tema ainda tão polêmico nos dias atuais, pretende ser resultado de uma experiência de cidadania e ética, construída sob valores democráticos. Necessariamente, busca demonstrar que memória e história têm em suas essências argumentos jamais unívocos, porque fundamentados no debate político que se faz entre oposições para além de ideológicas.

Vítimas, perpetradores e testemunhas nesta pesquisa relataram suas lembranças, versões de fatos, pontos de vista sobre o que foi o “Tempo de Ditadura”, sobre o que foi o Comando De Caça Aos Comunistas e sua atuação paramilitar, terrorista.

Seus relatos devem ser entendidos como documentos, produzidos segundo perspectivas metodológicas em história oral. Todas as pessoas que participaram desta pesquisa são consideradas colaboradoras com o presente autor para a realização deste trabalho.

São entrevistados que, mesmo no processo de textualização, revisaram com a liberdade de reformular seus respectivos relatos. O pesquisador, enquanto praticante de história oral, concretizou o estabelecimento do corpus documental a partir de mediações efetuadas por meio da elaboração da rede de colaboradores; bem como na passagem do relato oral para o escrito; e sobretudo na devolução pública deste corpus documental e demais resultados obtidos nesta pesquisa.

Espera-se que com as proposições conceituais, metodológicas e historiográficas desta pesquisa sobre a atuação de uma organização de extrema-direita terrorista que realmente conturbou o processo político durante os “Anos de Chumbo”, noções de memória e história possam servir como fios condutores que aproximem, mais e mais, também as noções de ética e cidadania, no sentido pleno dos respectivos termos.

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Esta organização paramilitar, cuja atuação se fundava na perpetração de um terrorismo nitidamente com propósitos alinhados à ideologia de extrema-direita, foi partícipe de destaque em momentos políticos decisivos desde o processo de instauração do regime civil-militar e até o completo fechamento ditatorial – período compreendido entre o golpe de 31 de março de 1964 e a decretação do Ato Institucional n°5 (AI-5), a 13 de dezembro de 1968.

A importância de uma historiografia preocupada com o Comando De Caça Aos Comunistas e outras organizações paramilitares reside no entendimento de que estas foram germes da estruturação do terrorismo de Estado durante o regime civil-militar no Brasil.

Órgãos paramilitares “semioficiais”, como a OBAN (Operação Bandeirante), e oficiais, como seu sucessor, o DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna), após o AI-5 deram continuidade de forma profissional ao trabalho, até então “voluntário”, de perseguição ideológica e de caça aos “comunistas”, “subversivos” ligados a organizações armadas remanescentes das lutas e mobilizações estudantis, operárias, artísticas e clericais da década de 1960.

Esta historiografia, preocupada com tema ainda tão polêmico nos dias atuais, pretende ser resultado de uma experiência de cidadania e ética, construída sob valores democráticos. Necessariamente, busca demonstrar que memória e história têm em suas essências argumentos jamais unívocos, porque fundamentados no debate político que se faz entre oposições para além de ideológicas.

Vítimas, perpetradores e testemunhas nesta pesquisa relataram suas lembranças, versões de fatos, pontos de vista sobre o que foi o “Tempo de Ditadura”, sobre o que foi o Comando De Caça Aos Comunistas e sua atuação paramilitar, terrorista.

Seus relatos devem ser entendidos como documentos, produzidos segundo perspectivas metodológicas em história oral. Todas as pessoas que participaram desta pesquisa são consideradas colaboradoras com o presente autor para a realização deste trabalho.

São entrevistados que, mesmo no processo de textualização, revisaram com a liberdade de reformular seus respectivos relatos. O pesquisador, enquanto praticante de história oral, concretizou o estabelecimento do corpus documental a partir de mediações efetuadas por meio da elaboração da rede de colaboradores; bem como na passagem do relato oral para o escrito; e sobretudo na devolução pública deste corpus documental e demais resultados obtidos nesta pesquisa.

Espera-se que com as proposições conceituais, metodológicas e historiográficas desta pesquisa sobre a atuação de uma organização de extrema-direita terrorista que realmente conturbou o processo político durante os “Anos de Chumbo”, noções de memória e história possam servir como fios condutores que aproximem, mais e mais, também as noções de ética e cidadania, no sentido pleno dos respectivos termos.

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