No verão de 1914, a Europa era dominada por três grandes impérios: Alemanha, Rússia e Áustria-Hungria. Passados quatro anos, desapareceram todos no caos da Primeira Guerra Mundial.
O conflito foi precipitado por um acontecimento marcante que teve na sua origem uma trágica história de amor.
Quando o herdeiro austríaco, o arquiduque Francisco Fernando, se casou por amor contra o desejo do imperador, ele e a sua mulher Sofia foram humilhados e repudiados pela sociedade, mas permaneceram unidos e dedicados um ao outro e aos filhos.
As duas balas disparadas em Sarajevo não só acabaram com a sua história de amor, como também levaram à guerra e a um século de conflitos, tendo como cenário um mundo de privilégios deslumbrantes.
Este livro traz-nos a surpreendente verdade por detrás dos assassinatos de Sarajevo, revelando a cumplicidade sérvia e analisando os rumores sobre conspiração e negligência, pondo em causa um século de mitos.
“Era uma vez”, como começam os contos de fadas, um elegante e jovem príncipe, herdeiro do trono histórico de seu país, que conheceu uma jovem empobrecida cuja graça e beleza conquistaram seu coração.
Fascinado, fez-lhe a corte contrariando a vontade de sua poderosa família, que não considerava a jovem talhada para uma futura rainha. Vencendo todos os obstáculos, o romance é coroado de êxito e o príncipe desposa sua amada.
Sonhando com uma vida idílica, os dois se afastam da corte insatisfeita, onde línguas afiadas condenam seus atos, para viver, longe de um mundo cínico, a plenitude pessoal e romântica pela qual tão nobremente lutaram.
A história de amor pessoal do arquiduque Francisco Fernando da Áustria-Hungria e da condessa Sofia Chotek começa misteriosamente, culmina em vitória matrimonial e luta contra incessantes adversidades.
De muitas maneiras, reflete sem dúvida os elementos míticos do tradicional conto de fadas. Vemos Francisco Fernando como o Príncipe Encantado, nascido para o poder e as regalias, em busca do amor proibido; a condessa Sofia Chotek é sua Cinderela – bonita, pobre e de modo algum a esposa certa para o futuro governante de um grande império.
A madrasta de Francisco Fernando, a arquiduquesa Maria Teresa, faz o papel de fada madrinha, encorajando o romance em face da oposição cerrada dos Habsburgos; a intempestiva arquiduquesa Isabel atua como a típica madrasta malvada, obrigando Cinderela a trabalhar horas a fio em tarefas humilhantes e servis.
No príncipe Alfredo de Montenuovo, camareiro-mor da corte imperial, encontramos um bicho-papão de proporções épicas, sempre pronto a disparar insultos mesquinhos contra a graciosa e resoluta Sofia.
Como em todo bom conto de fadas, os heróis comparecem a um baile deslumbrante, onde os convidados perplexos veem, sem poder acreditar, o romance proibido tornar-se público.