A Fortaleza Das Mulheres

A militarização da vida se constitui tanto na realidade material da violência quanto no sentimento da guerra, em cada canto da pele e da alma

Olhar para as violências vividas no cotidiano é ver a militarização exposta de diversas formas. Nos corpos essa realidade se transforma em parte sentida da rotina. Todos os dias, as mulheres despertam cansadas da labuta e veem seu dia a dia cruzado pelas bombas, pelas armas e pelo medo.

É um cenário composto por operações, caveirões, blindados, controle constante, perseguição, com a população no chão e a síndrome do pânico presente como uma epidemia.

A militarização da vida se constitui tanto na realidade material da violência quanto no sentimento da guerra encarnada em cada canto da pele e da alma, nos corpos das mulheres.

O Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS), desde os jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro - marco inicial dos megaeventos no Brasil -, vem fazendo a denúncia dessa cidade-mercadoria que o Rio se torna às custas de corpos, vidas e histórias.

Nesta cartilha, o Pacs segue olhando para essa realidade desde a perspectiva das mulheres periféricas e suas histórias de construção de vida em meio a um projeto em que seus corpos são cerceados de viver.

A militarização é também um megaprojeto estrutural do desenvolvimento capitalista em sua vertente mais violenta, racista e patriarcal, como muito do que se vê no avanço de uma economia neoliberal, transnacional e financeirizada. É a sustentação de um modelo que se manifesta todos os dias na produção de desumanidade, desigualdade e extermínio.

No ano 2019, em parceria com Gizele Martins, comunicadora comunitária da Maré, foi construída coletivamente esta publicação, que traz o ponto de vista das mulheres de diferentes territórios militarizados. Essas mulheres escreveram suas histórias, trouxeram suas narrativas, desde os lugares de onde vivem.

Essa rede conectou histórias que vão do Rio de Janeiro, passando pelo Ceará, por São Paulo, por Honduras, pelo México e até à Palestina. São narrativas que pulsam a luta pela desmilitarização da vida, das mentes e do cotidiano, e refletem sobre os impactos reais do convívio com esse cenário de dor.

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A militarização da vida se constitui tanto na realidade material da violência quanto no sentimento da guerra, em cada canto da pele e da alma

Olhar para as violências vividas no cotidiano é ver a militarização exposta de diversas formas. Nos corpos essa realidade se transforma em parte sentida da rotina. Todos os dias, as mulheres despertam cansadas da labuta e veem seu dia a dia cruzado pelas bombas, pelas armas e pelo medo.

É um cenário composto por operações, caveirões, blindados, controle constante, perseguição, com a população no chão e a síndrome do pânico presente como uma epidemia.

A militarização da vida se constitui tanto na realidade material da violência quanto no sentimento da guerra encarnada em cada canto da pele e da alma, nos corpos das mulheres.

O Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS), desde os jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro – marco inicial dos megaeventos no Brasil -, vem fazendo a denúncia dessa cidade-mercadoria que o Rio se torna às custas de corpos, vidas e histórias.

Nesta cartilha, o Pacs segue olhando para essa realidade desde a perspectiva das mulheres periféricas e suas histórias de construção de vida em meio a um projeto em que seus corpos são cerceados de viver.

A militarização é também um megaprojeto estrutural do desenvolvimento capitalista em sua vertente mais violenta, racista e patriarcal, como muito do que se vê no avanço de uma economia neoliberal, transnacional e financeirizada. É a sustentação de um modelo que se manifesta todos os dias na produção de desumanidade, desigualdade e extermínio.

No ano 2019, em parceria com Gizele Martins, comunicadora comunitária da Maré, foi construída coletivamente esta publicação, que traz o ponto de vista das mulheres de diferentes territórios militarizados. Essas mulheres escreveram suas histórias, trouxeram suas narrativas, desde os lugares de onde vivem.

Essa rede conectou histórias que vão do Rio de Janeiro, passando pelo Ceará, por São Paulo, por Honduras, pelo México e até à Palestina. São narrativas que pulsam a luta pela desmilitarização da vida, das mentes e do cotidiano, e refletem sobre os impactos reais do convívio com esse cenário de dor.

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