Cinema, Identidade E Feminismo

Em Cinema, Identidade E Feminismo, Giselle Gubernikoff apresenta o resultado de suas pesquisas Perfil de Mulher e Imagem e Sedução.

A teoria feminista de cinema não existiu por mais de vinte anos no Brasil, sendo parcamente discutida na publicação do texto Laura Mulvey, Prazer Visual e Cinema Narrativo, ou na tradução do livro Ann Kaplan de 1995, A Mulher e o Cinema: Os dois lados da câmera, pela Artemídia/ Rocco.

Mas, no mundo “lá fora”, esta teoria revolucionou a área teórica de cinema, reformulando conceitos e consequentemente contaminando todas as outras áreas relacionadas com a questão da representação em geral, evoluindo, com o passar dos anos, para o que o teórico de cinema norte-americano David Bordwell chamou de “A Grande Teoria” – o que significa que até o final do século passado, esta teoria evoluiu para uma teoria mais abrangente do cinema e foi amplamente debatida e publicada ao ponto se esgotar.

Hoje em dia, não há mais o que se discutir em relação a questões da representação da mulher e ao processo de identificação no cinema e nas artes em geral. Ela já foi incorporada pelas grandes linhas teóricas e se efetivado como uma das correntes mais profícuas na discussão sobre as artes. Lá fora. Aqui, só negação.

Em Cinema, Identidade E Feminismo, a pesquisadora e realizadora Giselle Gubernikoff apresenta o resultado de suas pesquisas Perfil de Mulher (1992) e Imagem e Sedução (2000), respectivamente teses de doutorado e de livre-docência desenvolvidas na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

Procurando entender o processo de emancipação da mulher brasileira dentro da ideologia capitalista, a autora avalia a relação entre o star system norte-americano e a sociedade brasileira consumidora deste tipo de cinema, chegando a questões como o poder, o patriarcalismo, a Igreja e o Estado, avaliando neste conjunto a construção de papéis estereotipados da mulher e levando à compreensão do star system como um fenômeno social.

Aprofundando a transposição desta realidade para a experiência brasileira, Cinema, Identidade E Feminismo apresenta depoimentos de importantes realizadoras do cinema brasileiro, tais como Adélia Sampaio, Ana Carolina, Arlette Siaretta, Assunção Hernandes, Aurora Duarte e Tizuka Yamazaqui, que analisam a existência de um “cinema de mulheres” e de uma “linguagem feminina no cinema”.

Por fim, a autora analisa o significado social da mulher no cinema, discorrendo sobre os mecanismos utilizados pelo star system para a construção dessa mulher submissa, numa tentativa de eliminação da subjetividade feminina em detrimento de sua comercialização.

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Em Cinema, Identidade E Feminismo, Giselle Gubernikoff apresenta o resultado de suas pesquisas Perfil de Mulher e Imagem e Sedução.

A teoria feminista de cinema não existiu por mais de vinte anos no Brasil, sendo parcamente discutida na publicação do texto Laura Mulvey, Prazer Visual e Cinema Narrativo, ou na tradução do livro Ann Kaplan de 1995, A Mulher e o Cinema: Os dois lados da câmera, pela Artemídia/ Rocco.

Mas, no mundo “lá fora”, esta teoria revolucionou a área teórica de cinema, reformulando conceitos e consequentemente contaminando todas as outras áreas relacionadas com a questão da representação em geral, evoluindo, com o passar dos anos, para o que o teórico de cinema norte-americano David Bordwell chamou de “A Grande Teoria” – o que significa que até o final do século passado, esta teoria evoluiu para uma teoria mais abrangente do cinema e foi amplamente debatida e publicada ao ponto se esgotar.

Hoje em dia, não há mais o que se discutir em relação a questões da representação da mulher e ao processo de identificação no cinema e nas artes em geral. Ela já foi incorporada pelas grandes linhas teóricas e se efetivado como uma das correntes mais profícuas na discussão sobre as artes. Lá fora. Aqui, só negação.

Em Cinema, Identidade E Feminismo, a pesquisadora e realizadora Giselle Gubernikoff apresenta o resultado de suas pesquisas Perfil de Mulher (1992) e Imagem e Sedução (2000), respectivamente teses de doutorado e de livre-docência desenvolvidas na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

Procurando entender o processo de emancipação da mulher brasileira dentro da ideologia capitalista, a autora avalia a relação entre o star system norte-americano e a sociedade brasileira consumidora deste tipo de cinema, chegando a questões como o poder, o patriarcalismo, a Igreja e o Estado, avaliando neste conjunto a construção de papéis estereotipados da mulher e levando à compreensão do star system como um fenômeno social.

Aprofundando a transposição desta realidade para a experiência brasileira, Cinema, Identidade E Feminismo apresenta depoimentos de importantes realizadoras do cinema brasileiro, tais como Adélia Sampaio, Ana Carolina, Arlette Siaretta, Assunção Hernandes, Aurora Duarte e Tizuka Yamazaqui, que analisam a existência de um “cinema de mulheres” e de uma “linguagem feminina no cinema”.

Por fim, a autora analisa o significado social da mulher no cinema, discorrendo sobre os mecanismos utilizados pelo star system para a construção dessa mulher submissa, numa tentativa de eliminação da subjetividade feminina em detrimento de sua comercialização.

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