Reis, Santos E Feiticeiros

Reis, Santos E Feiticeiros mostra a pujança da produção historiográfica nacional na área e a riqueza que pode advir de se pensarem antigos temas.

Importante contribuição para se reconsiderar a definição de Baixo Império como um momento de decadência, queda ou declínio do Mundo Antigo. O autor demonstra que esse período da História de Roma deve ser estudado em sua especificidade.

Fica evidente que o Baixo Império possuiu identidade própria, relevada pela construção de práticas sociais que significaram a adaptação, o ajustamento entre os sistemas que compunham a complexidade da estrutura social, implicando o surgimento de uma nova ordem.

Reis, Santos E Feiticeiros é um marco na historiografia nacional. Durante muitas décadas, a História Antiga permaneceu um ramo subsidiário e desacreditado em nosso país, que se contentava em seguir as modas do exterior, com notável atraso, e assumia um complexo de inferioridade ante os grandes centros de produção da Europa e dos Estados Unidos.

Como se estivéssemos, por nossa posição subalterna no cenário internacional, inelutavelmente fadados a apenas repetir o que outros haviam feito, e podiam fazer, melhor do que nós. Como se fôssemos destinados a pensar e escrever apenas sobre nossa própria história nacional.

Nos últimos anos, o quadro parece reverter-se aos poucos e o livro que o leitor tem em mãos é sintoma desse fato. Podemos, desde este rincão do mundo chamado Brasil, escrever História como gente grande, não apenas reproduzindo ou completando o que se elabora nos centros tradicionais, mas criando coisas novas, ousando, como aqueles já não parecem mais capazes de ousar.

Talvez por nossa própria situação periférica, temos a possibilidade e a capacidade de pensar essa História Antiga de um modo que lhes seria impossível, de intentar empreitadas, de propor ângulos de visão, perspectivas, que os velhos centros não se arriscam mais a enfrentar.

Em todos os sentidos, Reis, Santos E Feiticeiros mostra a pujança da produção historiográfica nacional na área e a riqueza que pode advir de se pensarem antigos temas de um lugar que, como o Brasil na tradição ocidental, está um tanto “fora do lugar”.

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Fica evidente que o Baixo Império possuiu identidade própria, relevada pela construção de práticas sociais que significaram a adaptação, o ajustamento entre os sistemas que compunham a complexidade da estrutura social, implicando o surgimento de uma nova ordem.

Reis, Santos E Feiticeiros é um marco na historiografia nacional. Durante muitas décadas, a História Antiga permaneceu um ramo subsidiário e desacreditado em nosso país, que se contentava em seguir as modas do exterior, com notável atraso, e assumia um complexo de inferioridade ante os grandes centros de produção da Europa e dos Estados Unidos.

Como se estivéssemos, por nossa posição subalterna no cenário internacional, inelutavelmente fadados a apenas repetir o que outros haviam feito, e podiam fazer, melhor do que nós. Como se fôssemos destinados a pensar e escrever apenas sobre nossa própria história nacional.

Nos últimos anos, o quadro parece reverter-se aos poucos e o livro que o leitor tem em mãos é sintoma desse fato. Podemos, desde este rincão do mundo chamado Brasil, escrever História como gente grande, não apenas reproduzindo ou completando o que se elabora nos centros tradicionais, mas criando coisas novas, ousando, como aqueles já não parecem mais capazes de ousar.

Talvez por nossa própria situação periférica, temos a possibilidade e a capacidade de pensar essa História Antiga de um modo que lhes seria impossível, de intentar empreitadas, de propor ângulos de visão, perspectivas, que os velhos centros não se arriscam mais a enfrentar.

Em todos os sentidos, Reis, Santos E Feiticeiros mostra a pujança da produção historiográfica nacional na área e a riqueza que pode advir de se pensarem antigos temas de um lugar que, como o Brasil na tradição ocidental, está um tanto “fora do lugar”.

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