O Veneno Da Madrugada

Gabriel García Márquez - O Veneno Da Madrugada

A tranquilidade de um vilarejo é abalada quando misteriosos bilhetes são espalhados por toda a cidade, pregados nas portas das casas, denunciando crimes, traições e segredos inconfessáveis.

Quando começou a escrever O Veneno Da Madrugada, García Márquez tinha planejado apenas um conto. Mas a história cresceu tão rápido que ele imediatamente percebeu que tinha nas mãos um romance.

Escrito numa época em que o autor vivia sob o impacto e a influência do cinema italiano neorrealista, da descoberta de Albert Camus e de Ernest Hemingway, O Veneno Da Madrugada sela a rara aliança entre a limpidez e a intrincada elaboração de estilo, entre as faíscas da poesia que iriam impregnar cada vez mais sua obra e a estrutura fragmentada, cinematográfica, que mantém a tensão o tempo inteiro.

Este romance dialoga com o livro de contos “Os Funerais Da Mamãe Grande”, do mesmo autor. Mais uma vez, a história se passa em um pequeno vilarejo, onde o calor é insuportável e há muitos traços de coronelismo.

Vários de seus personagens se misturam e se confundem nas duas obras, marcando a intertextualidade entre ambas. Podemos citar a viúva Montiel, o alcaide e o dentista, a personagem Mina, dentre outros.

A própria mamãe grande é citada neste romance. O caso dos pássaros mortos do conto “Um Dia Depois Do Sábado” e a dor de dente do alcaide em “Um Dia Desses” são mencionados nesta narrativa.

A história de O Veneno Da Madrugada gira em torno dos pasquins anônimos deixados nas portas das casas durante a madrugada (o veneno da madrugada – a má hora). Os papéis só diziam o que já estava sendo comentado no povoado, mas parecem ganhar uma importância maior, quando divulgados.

Como se as palavras escritas se tornassem reais. Os panfletos apontam amantes, filhos bastardos, traições amorosas e políticas, segredos de família e outros mexericos do vilarejo.

Apesar de não se saber se os pasquins estão dizendo a verdade, os moradores passam a temer a sua publicação e ocorre até assassinato por conta de um desses exemplares.

Temas como a solidão, poder e disputas políticas são bastante recorrentes no romance. Mais uma vez, a cultura latino-americana é retratada de uma maneira muito crítica e irônica, mostrando um pouco do estilo do autor colombiano.

 

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Gabriel García Márquez – O Veneno Da Madrugada

A tranquilidade de um vilarejo é abalada quando misteriosos bilhetes são espalhados por toda a cidade, pregados nas portas das casas, denunciando crimes, traições e segredos inconfessáveis.

Quando começou a escrever O Veneno Da Madrugada, García Márquez tinha planejado apenas um conto. Mas a história cresceu tão rápido que ele imediatamente percebeu que tinha nas mãos um romance.

Escrito numa época em que o autor vivia sob o impacto e a influência do cinema italiano neorrealista, da descoberta de Albert Camus e de Ernest Hemingway, O Veneno Da Madrugada sela a rara aliança entre a limpidez e a intrincada elaboração de estilo, entre as faíscas da poesia que iriam impregnar cada vez mais sua obra e a estrutura fragmentada, cinematográfica, que mantém a tensão o tempo inteiro.

Este romance dialoga com o livro de contos “Os Funerais Da Mamãe Grande”, do mesmo autor. Mais uma vez, a história se passa em um pequeno vilarejo, onde o calor é insuportável e há muitos traços de coronelismo.

Vários de seus personagens se misturam e se confundem nas duas obras, marcando a intertextualidade entre ambas. Podemos citar a viúva Montiel, o alcaide e o dentista, a personagem Mina, dentre outros.

A própria mamãe grande é citada neste romance. O caso dos pássaros mortos do conto “Um Dia Depois Do Sábado” e a dor de dente do alcaide em “Um Dia Desses” são mencionados nesta narrativa.

A história de O Veneno Da Madrugada gira em torno dos pasquins anônimos deixados nas portas das casas durante a madrugada (o veneno da madrugada – a má hora). Os papéis só diziam o que já estava sendo comentado no povoado, mas parecem ganhar uma importância maior, quando divulgados.

Como se as palavras escritas se tornassem reais. Os panfletos apontam amantes, filhos bastardos, traições amorosas e políticas, segredos de família e outros mexericos do vilarejo.

Apesar de não se saber se os pasquins estão dizendo a verdade, os moradores passam a temer a sua publicação e ocorre até assassinato por conta de um desses exemplares.

Temas como a solidão, poder e disputas políticas são bastante recorrentes no romance. Mais uma vez, a cultura latino-americana é retratada de uma maneira muito crítica e irônica, mostrando um pouco do estilo do autor colombiano.

 

https://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-ciclista-leitora-borda-alca-colorida/

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