Desenvolvimento E Questão Agrária No Brasil

O livro busca investigar os nexos entre a questão agrária e o desenvolvimento econômico-social brasileiro das últimas décadas

Na história brasileira, a questão agrária (entendida como os problemas que a estrutura fundiária gerou ao desenvolvimento e às populações) sempre se fez sentir pelas comunidades que viviam e se reproduziam socialmente no campo e, posteriormente, com o ciclo urbano/industrial no século XX, também foi sentida pelos(as) trabalhadores(as) urbanos(as).

Por outro lado, a classe dominante sempre buscou ignorar, ou até mesmo negar, a existência de uma questão agrária brasileira; fato que se repete na atualidade, com intelectuais que desconsideram as contradições do agronegócio.

Nascemos como uma colônia de exploração em meio ao desenvolvimento do capitalismo mercantil, que se estruturou a partir de empreendimentos econômicos fundados na concentração da terra e no trabalho escravizado. A terra concentrada não era apenas um fator de produção, mas também um elemento de prestígio social e instrumento de dominação política.

Um regime fundiário embasado na “doação de terras” para portugueses, durante o período colonial, expropriou nossos povos originários que resistiram e lutaram. Associa-se a essa resistência popular a intensa luta dos negros escravizados.

O livro que agora chega em suas mãos tem a valorosa virtude de atualizar a questão agrária na contemporaneidade. O autor, ao explicar os vínculos do nosso desenvolvimento em meio à crise estrutural do capitalismo, localiza pertinentemente o surgimento do agronegócio como produto
das relações globais.

Nesse contexto, ele indica que “a questão agrária se reconfigurou, conectando-se às novas contradições do desenvolvimento dependente brasileiro e, simultaneamente, constituindo-se em vetor de transmissão do padrão destrutivo da produção capitalista”.

É raro ver na academia brasileira documentos que, de forma tão clara, elucidam a atualidade da questão agrária. Este livro ainda coloca a questão agrária como um fator central a ser “desenrolado” na busca do desenvolvimento brasileiro, recolocando-a no centro desse debate, o que, talvez, seja um dos grandes méritos deste material.

As enormes contradições apontadas por Frederico poderão servir de base material para o irrompimento de intensas lutas e processos organizativos populares, que permitam acumular força para um projeto popular, impondo derrotas a essa avalanche conservadora, retrógrada, antidemocrática e fascista. Cabe agora “arregaçar as mangas” e contribuir com a organização popular.

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Por outro lado, a classe dominante sempre buscou ignorar, ou até mesmo negar, a existência de uma questão agrária brasileira; fato que se repete na atualidade, com intelectuais que desconsideram as contradições do agronegócio.

Nascemos como uma colônia de exploração em meio ao desenvolvimento do capitalismo mercantil, que se estruturou a partir de empreendimentos econômicos fundados na concentração da terra e no trabalho escravizado. A terra concentrada não era apenas um fator de produção, mas também um elemento de prestígio social e instrumento de dominação política.

Um regime fundiário embasado na “doação de terras” para portugueses, durante o período colonial, expropriou nossos povos originários que resistiram e lutaram. Associa-se a essa resistência popular a intensa luta dos negros escravizados.

O livro que agora chega em suas mãos tem a valorosa virtude de atualizar a questão agrária na contemporaneidade. O autor, ao explicar os vínculos do nosso desenvolvimento em meio à crise estrutural do capitalismo, localiza pertinentemente o surgimento do agronegócio como produto
das relações globais.

Nesse contexto, ele indica que “a questão agrária se reconfigurou, conectando-se às novas contradições do desenvolvimento dependente brasileiro e, simultaneamente, constituindo-se em vetor de transmissão do padrão destrutivo da produção capitalista”.

É raro ver na academia brasileira documentos que, de forma tão clara, elucidam a atualidade da questão agrária. Este livro ainda coloca a questão agrária como um fator central a ser “desenrolado” na busca do desenvolvimento brasileiro, recolocando-a no centro desse debate, o que, talvez, seja um dos grandes méritos deste material.

As enormes contradições apontadas por Frederico poderão servir de base material para o irrompimento de intensas lutas e processos organizativos populares, que permitam acumular força para um projeto popular, impondo derrotas a essa avalanche conservadora, retrógrada, antidemocrática e fascista. Cabe agora “arregaçar as mangas” e contribuir com a organização popular.

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