François Mauriac – O Nó De Víboras
Obra das mais notáveis e características do autor. Pintor por excelência das paixões ardentes, das almas atormentadas e dos grandes dramas interiores, Mauriac atinge em O Nó De Víboras um dos pontos mais altos no tratamento desta temática verdadeiramente obsessiva em toda a sua obra.
Ao longo das páginas, um homem, velho e doente, atormentado pelo ódio, roído pela avareza e pela fome de vingança, abre o seu coração, que ele próprio classifica como um nó de víboras – um nó impossível de desatar, que seria necessário cortar com uma faca ou com uma espada.
Mas através deste monólogo de moribundo transparece também o deserto de sentimentos que era a alma dos seus, roídos, eles também, por paixões ardentes e mesquinhas. O Nó De Víboras, afinal, não era apenas o seu coração enfermo. As víboras tinham formado à volta dele um outro nó, hediondo e repugnante.
François Charles Mauriac (Bordéus, 11 de outubro de 1885 — Paris, 1 de setembro de 1970) foi um escritor francês. Foi laureado com o prêmio Nobel de Literatura de 1952, em reconhecimento “à profunda impregnação espiritual e artística com que seus romances penetraram o drama da vida humana”.
Educado em sua cidade natal, na escola “Des Marianistes” e no liceu Grand-Lebrun, de formação católica, Mauriac refletirá em sua obra a influência de Pascal e Francis Jammes, um conflito trágico entre o amor da religião e as tentações.
Sobre ele disse Otto Maria Carpeaux: “Mauriac é um mestre: ninguém negará este título ao autor de numerosos romances tão fascinantes como Thérèse Desqueyroux e Le Noeud de Vipères, que desnudam com força incomparável as almas pecadoras (…) ele é assim “o maior representante do romance psicológico da tradição francesa”.
Iniciou sua carreira em 1909, com um livro de poemas (“Les Mains Jointes”). Publicou estudos biográficos e críticos, colaborou também em revistas e jornais franceses, tendo mantido por muitos anos seu “Bloc Notes”, coluna publicada inicialmente no jornal La Table ronde, depois no Le Figaro, e a partir de 1955 na revista L’Express. François Mauriac entrou para a Academia Francesa de Letras, em 1933, ocupando a cadeira 22.
Entre suas obras de cunho crítico se encontra um famoso ensaio contra a pena de morte, que levou a uma coleta de assinaturas pelo fim da pena de morte na França, após a Segunda Guerra Mundial. Albert Camus, entre outros, participaram assinando a petição.

Respostas de 6
Boa noite!
Tentei achar esse livro para comprar, mas é muito caro. Vc saberia me indicar um lugar que venda por um valor mais acessível, pode ser sebo, usado também
Obrigada
Oi, Fabiana!
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Fico te devendo!
Link não está funcionando.
Oi, André!
Coloquei um novo link. Obrigado pelo aviso!
amigo, será que consegui disponibilizar este livro novamente?
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