Agrominerais, como enxofre, minerais de potássio, rocha fosfática, calcário e turfa, são insumo indispensável para viabilizar a agricultura e a pecuária brasileiras, além de propiciar o aumento da produção de alimento para a população e suporte para o setor de biocombustíveis.

  Este é o tema do livro Agrominerais para o Brasil, coordenado pelo Centro de Tecnologia Mineral(Cetem/MCT), que faz uma ampla radiografia da situação do agrominerais no país, apontando suas limitações e caminhos alternativos para o setor.  A publicação terá seu lançamento oficial dia 28 de março, às 16h, no auditório do órgão, no Rio de Janeiro.
Editado pelos pesquisadores Francisco Fernandes, Adão Benvindo da Luz e Zuleica Castilhos, Agrominerais para o Brasil apresenta, em 15 capítulos, os principais resultados do Projeto “Estudo Prospectivo Relativo aos Agrominerais e Seus Usos na Produção de Biocombustíveis Líquidos com Visão de Longo Prazo(2035).  As conclusões foram fruto de oficinas temáticas que envolveram estudos e trabalhos científicos de dezenas de especialistas da área mineral.
O Brasil importa 80% dos fertilizantes que utiliza na sua agricultura.  O livro aponta o caminho de como fugir desse quadro no capítulo “Panorama dos agrominerais no Brasil: atualidade e perspectivas”, traçando um perfil dos fertilizantes convencionais e sua complexa cadeia de múltiplos produtos e mercados.  Em “Agrominerais: recursos e reservas” discorre sobre o trabalho de pesquisa e lavra de recursos minerais e apresenta a disponibilidade primária de ocorrências e jazidas em todo o território nacional.
“Rotas tecnológicas convencionais e alternativas para a obtenção de fertilizantes”; “O meio ambiente na produção de fertilizantes fosfatados no Brasil"; “A indústria brasileira de fertilizantes”e “O uso da biomassa como nova fonte energética mundial” são alguns dos assuntos abordados na publicação, que traça uma análise realista da situação dos agrominerais brasileiros que requer urgentes e vultosos investimentos em todos os setores da cadeia produtiva para não comprometer a segurança alimentar brasileira, o programa de exportações do agronegócio e não inviabilizar o desenvolvimento dos biocombustíveis.