Modelo De Gestão Do Conhecimento Para Administração Pública

É necessário construir um modelo de Gestão do Conhecimento (GC) genérico, holístico, com foco em resultados e específico para a administração pública brasileira com a finalidade de orientar as organizações públicas na implementação da GC?

O objetivo desta introdução é discutir esta questão e descrever as partes integrantes deste estudo.
Há muitos modelos de GC na literatura. Entre 1995 e 2005, mais de 4 mil artigos foram publicados com o termo GC no título. Desses artigos, mais de 100 incluíram o termo “modelo” no título e quase 700, no resumo.
Heisig analisou 160 modelos oriundos da pesquisa e da prática organizacional para identificar componentes de GC e descobrir diferenças e semelhanças. Os processos de GC (identificar, criar, armazenar, compartilhar e aplicar conhecimento) e as dimensões de GC: I) dimensão humana (categorias: cultura, pessoas e liderança); II) dimensão de organização (categorias: estruturas e processos); III) dimensão de tecnologia; IV) dimensão gestão de processos (categorias: estratégia e controle) identificados por Heisig no seu estudo são relevantes tanto para organizações privadas como públicas.
Abdullah e Date citam as seguintes razões que os setores público e privado têm em comum para implementar GC: I) atrair e manter o capital humano; II) promover o capital social; III) criar e usar o capital estrutural, IV) compartilhar processos e melhores práticas (em combinação com práticas inovadoras), e V) estimular a colaboração.
Assim, pode-se argumentar que não é necessário construir um modelo específico para a administração pública brasileira. Basta adotar um modelo teórico construído para organizações privadas e adaptá-lo às características específicas de uma organização pública.
Foi o que fez a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A empresa utilizou como ponto de partida para a construção do seu modelo de GC duas perspectivas complementares, a saber: o SET KM Model e o Knowledge Based View of Organizations. O modelo construído com a participação dos funcionários da empresa é formado por quatro eixos dinâmicos: I) estratégia (conceito estratégico do uso da informação e do conhecimento; II) ambiente – quatro grupos de condições promotoras (social-comportamental, comunicação/informação, cognitiva/epistêmica e gerencial/negócio; III) caixa de ferramentas (conjuntos de ferramentas de Tecnologia de Informação (TI) e práticas gerenciais e IV) resultados (ativos tangíveis e intangíveis).

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É necessário construir um modelo de Gestão do Conhecimento (GC) genérico, holístico, com foco em resultados e específico para a administração pública brasileira com a finalidade de orientar as organizações públicas na implementação da GC? O objetivo desta introdução é discutir esta questão e descrever as partes integrantes deste estudo.
Há muitos modelos de GC na literatura. Entre 1995 e 2005, mais de 4 mil artigos foram publicados com o termo GC no título. Desses artigos, mais de 100 incluíram o termo “modelo” no título e quase 700, no resumo.
Heisig analisou 160 modelos oriundos da pesquisa e da prática organizacional para identificar componentes de GC e descobrir diferenças e semelhanças. Os processos de GC (identificar, criar, armazenar, compartilhar e aplicar conhecimento) e as dimensões de GC: I) dimensão humana (categorias: cultura, pessoas e liderança); II) dimensão de organização (categorias: estruturas e processos); III) dimensão de tecnologia; IV) dimensão gestão de processos (categorias: estratégia e controle) identificados por Heisig no seu estudo são relevantes tanto para organizações privadas como públicas.
Abdullah e Date citam as seguintes razões que os setores público e privado têm em comum para implementar GC: I) atrair e manter o capital humano; II) promover o capital social; III) criar e usar o capital estrutural, IV) compartilhar processos e melhores práticas (em combinação com práticas inovadoras), e V) estimular a colaboração.
Assim, pode-se argumentar que não é necessário construir um modelo específico para a administração pública brasileira. Basta adotar um modelo teórico construído para organizações privadas e adaptá-lo às características específicas de uma organização pública.
Foi o que fez a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A empresa utilizou como ponto de partida para a construção do seu modelo de GC duas perspectivas complementares, a saber: o SET KM Model e o Knowledge Based View of Organizations. O modelo construído com a participação dos funcionários da empresa é formado por quatro eixos dinâmicos: I) estratégia (conceito estratégico do uso da informação e do conhecimento; II) ambiente – quatro grupos de condições promotoras (social-comportamental, comunicação/informação, cognitiva/epistêmica e gerencial/negócio; III) caixa de ferramentas (conjuntos de ferramentas de Tecnologia de Informação (TI) e práticas gerenciais e IV) resultados (ativos tangíveis e intangíveis).

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