O conhecimento sobre os recursos naturais disponíveis em um determinado lugar e sobre as técnicas necessárias para usá-lo é condição indispensável para a sobrevivência da espécie humana.
Isto significa dizer que a nossa espécie sempre esteve envolvida com a observação e a manipulação da água, do solo e dos demais seres vivos que formam a chamada Biosfera. O envolvimento sempre existiu, mas os seus objetivos e resultados foram modificados ao longo do tempo.
Do que falamos quando falamos em ambientalismo? Esta é a questão central proposta pelo texto, que foi escrito para um público de leitores consciente da importância de uma reflexão sobre a história do ambientalismo.
E, como toda história, ela pode ser narrada a partir de múltiplas perspectivas. Na bibliografia produzida por autores de diferentes formações acadêmicas, encontramos uma pluralidade de interpretações indicando a existência de dúvidas e explicações incompletas sobre o que provocou o surgimento de movimentos sociais voltados para a preservação da natureza.
A bibliografia também potencializa dúvidas sobre as relações do ambientalismo com as instituições políticas tradicionais e explora as mudanças sociais decorrentes da problemática ambiental e das suas diferentes formas de percepção.
Aceitar a existência de dúvidas e de uma pluralidade de interpretações é uma condição necessária para os interessados no estudo das interações entre o ser humano e o meio ambiente.
Neste campo de estudo, cada conceito comporta um determinado número de possibilidades para interpretar um tema e, no caso específico do ambientalismo, importa ressaltar que, antes mesmo da sua construção conceitual, o antropocentrismo, a lógica cartesiana e a racionalidade econômica já estavam configurados como elementos fundamentais do comportamento humano.
Neste sentido, proponho interpretar o ambientalismo como um pensamento dissidente e pretendo explorar os sinais da sua dissidência na bibliografia existente sobre o tema.
O conteúdo do texto foi organizado em três tópicos que sinalizam variações na escala de abordagem do tema: (1) o primeiro destaca a dimensão científica do ambientalismo explorando os seus vínculos epistemológicos com a Economia Ecológica e com a Ecologia Política; (2) o segundo contempla estudos que apresentam interpretações sobre o ambientalismo no Brasil; (3) o terceiro tópico apresenta um histórico do movimento
ambientalista no Vale do Rio dos Sinos.
O Ambientalismo Em Três Escalas De Análise
- Ciências Sociais, Ecologia, Religião
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