O incentivo à abertura de novos cursos, notadamente no ensino privado, induzido pela política expansionista adotada pelo Governo Federal através do MEC a partir dos anos 1990, teve como consequência o crescimento no número de cursos em todo o país de forma que em 2013 ultrapassamos a marca de 300 cursos na área de Arquitetura e Urbanismo.
A participação da Abea, a partir da reestruturação da entidade como Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo em 1985, foi fundamental no enfrentamento dos problemas advindos do rápido crescimento e disseminação dos cursos de Arquitetura e Urbanismo no país e na permanente busca pela qualificação do ensino neste período.
Em conjunto com as demais entidades nacionais da categoria profissional, reunidas no Colégio Brasileiro de Arquitetos (CBA), a Abea empenhou‐se a partir de 1998 na construção de uma regulamentação própria e independente gerida por um conselho específico da Arquitetura e Urbanismo desvinculado das demais categorias profissionais que integravam o sistema multiprofissional Confea.
Essa luta produziu frutos no final de 2010 com a aprovação e sanção da Lei 12378 que regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo e cria o CAU, efetivado no final de 2011, estabelecendo um novo patamar para o exercício profissional no país.
Ao longo dessa trajetória tanto as necessidades diagnosticadas como a natureza da profissão de arquiteto e urbanista definiram as exigências para a educação escolarizada dos arquitetos e urbanistas, estabeleceram padrões de qualidade para o ensino na área e promoveram a constante atualização das exigências legais atinentes ao ensino e ao exercício profissional.
Para tanto, foram fundamentais a contribuição e a aprovação das entidades profissionais de ensino e de estudantes.
Entretanto, os anos recentes trazem novo cenário com significativas transformações econômicas, culturais, ambientais, tecnológicas e com um novo papel do Brasil no cenário das nações, despertando como protagonista e transformando‐se em polo de atração tanto de investimentos de capital, quanto de profissionais em fuga da conjuntura de crise em seus países.
Além das próprias transformações no âmbito do exercício e regulamentação profissional com o advento da lei e conselho próprios.