Kosmos

Emanuele Coccia & Fabián Ludueña Romandini (Orgs.) - Kosmos

Salvo raríssimas exceções, a filosofia dos últimos dois séculos parece ter se definido pela exclusão precisa do objeto que presidiu seu nascimento: a natureza das coisas, o mundo.

Seja pela delegação inadvertida a outros saberes (as ciências naturais) ou pela convicção de que o único e verdadeiro espírito que habita a terra e o espaço é aquele que se expressa na multiplicidade das sociedades humanas, em sua interação dinâmica ou em sua história, a filosofia parece ter perdido qualquer forma de interesse por tudo aquilo que de não-humano, não-social e não-histórico habita a realidade.

No entanto, se o real é racional, isto se deve sobretudo a que a natureza das coisas nada tem de intrinsecamente humano e o humano, o social e o histórico definem somente uma mínima porção daquilo que chamamos cosmos, a ordem das coisas.

Sob o titulo Kosmos desejamos agrupar uma série de intervenções e ensaios que tomem como objeto aquilo que de não humano habita o mundo, aquilo que de cósmico e natural define o âmago das cidades em que vivemos, das sociedades que povoamos, da cultura de que nos nutrimos.

Não se tratará de anunciar ou sancionar pela enésima vez uma fastidiosa e inane superação do humanismo; trata-se de reencontrar aquela inspiração que, desde Anaxágoras a Lucrécio, de Telésio a Darwin, de Glisson a Lamarck permitiu à filosofia ser, sobretudo, um saber sobre o mundo e não somente a expressão do narcisismo com o qual a humanidade contempla e glorifica seu próprio decurso e seu próprio passado.

 

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Emanuele Coccia & Fabián Ludueña Romandini (Orgs.) – Kosmos

Salvo raríssimas exceções, a filosofia dos últimos dois séculos parece ter se definido pela exclusão precisa do objeto que presidiu seu nascimento: a natureza das coisas, o mundo.

Seja pela delegação inadvertida a outros saberes (as ciências naturais) ou pela convicção de que o único e verdadeiro espírito que habita a terra e o espaço é aquele que se expressa na multiplicidade das sociedades humanas, em sua interação dinâmica ou em sua história, a filosofia parece ter perdido qualquer forma de interesse por tudo aquilo que de não-humano, não-social e não-histórico habita a realidade.

No entanto, se o real é racional, isto se deve sobretudo a que a natureza das coisas nada tem de intrinsecamente humano e o humano, o social e o histórico definem somente uma mínima porção daquilo que chamamos cosmos, a ordem das coisas.

Sob o titulo Kosmos desejamos agrupar uma série de intervenções e ensaios que tomem como objeto aquilo que de não humano habita o mundo, aquilo que de cósmico e natural define o âmago das cidades em que vivemos, das sociedades que povoamos, da cultura de que nos nutrimos.

Não se tratará de anunciar ou sancionar pela enésima vez uma fastidiosa e inane superação do humanismo; trata-se de reencontrar aquela inspiração que, desde Anaxágoras a Lucrécio, de Telésio a Darwin, de Glisson a Lamarck permitiu à filosofia ser, sobretudo, um saber sobre o mundo e não somente a expressão do narcisismo com o qual a humanidade contempla e glorifica seu próprio decurso e seu próprio passado.

 

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