Jangada Digital: Gilberto Gil E As Políticas Públicas Para A Cultura Das Redes

Este estudo foi movido pela ótica das escolhas, aspecto que é estrutural quando se trata de políticas públicas, já que estas, em última análise, representam “o que o governo escolhe fazer ou não fazer”.

Como já mencionado, isso inclui o entendimento de que a decisão de manter o status quo é sempre uma alternativa, e, portanto, pode, também, ser considerada como uma política pública. Foi partindo dessas premissas, que defini como objeto desta pesquisa o posicionamento do Ministério da Cultura, na gestão Gilberto Gil, diante do contexto global das redes e tecnologias digitais – sob o ponto de vista das escolhas que este posicionamento representou.
Uma dificuldade, cuja presença neste trabalho é importante ressaltar, é o caráter, de certa forma inconcluso e ainda não totalmente amadurecido, do objeto de estudo pelo qual optei, na medida em que, apesar de Gilberto Gil ter deixado o MinC em julho de 2008, seu sucessor, que havia sido secretário executivo durante todo o período de sua permanência no órgão, deu continuidade às prioridades e às políticas cuja construção havia sido iniciada cinco anos antes. Nesse sentido, algumas das iniciativas anunciadas pelo ministro Juca Ferreira, relacionadas à Cultura Digital, representam a germinação de sementes plantadas durante a gestão Gil, que, sob essa ótica, estaria ainda em curso no momento em que concluí este trabalho – o último mês da gestão Lula/Gil/Juca.
A absorção dos novos paradigmas do contexto digital pelo MinC, como campo de suas políticas públicas, é, também, bastante recente e sem precedentes: os estúdios digitais nos Pontos de Cultura, lançados em julho de 2004, bem como as demais ações que se seguiram, foram as primeiras iniciativas do MinC no sentido de consolidar a Cultura Digital como foco de sua atenção. Além de serem políticas jovens e inaugurais, a própria natureza de processo, inerente à concepção dos Pontos de Cultura, reforça o caráter de inconclusão do campo de pesquisa.
Este trabalho se concentrou, portanto, na genealogia do posicionamento em questão, não se propondo a analisar os resultados decorrentes de sua implementação, o que permanece como motivação para um novo estudo, para o qual espero que a presente pesquisa tenha contribuído. Assume-se aqui, dessa forma, o risco de, em alguma medida, intenções ganharem mais atenção do que seus efetivos resultados.

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Este estudo foi movido pela ótica das escolhas, aspecto que é estrutural quando se trata de políticas públicas, já que estas, em última análise, representam “o que o governo escolhe fazer ou não fazer”. Como já mencionado, isso inclui o entendimento de que a decisão de manter o status quo é sempre uma alternativa, e, portanto, pode, também, ser considerada como uma política pública. Foi partindo dessas premissas, que defini como objeto desta pesquisa o posicionamento do Ministério da Cultura, na gestão Gilberto Gil, diante do contexto global das redes e tecnologias digitais – sob o ponto de vista das escolhas que este posicionamento representou.
Uma dificuldade, cuja presença neste trabalho é importante ressaltar, é o caráter, de certa forma inconcluso e ainda não totalmente amadurecido, do objeto de estudo pelo qual optei, na medida em que, apesar de Gilberto Gil ter deixado o MinC em julho de 2008, seu sucessor, que havia sido secretário executivo durante todo o período de sua permanência no órgão, deu continuidade às prioridades e às políticas cuja construção havia sido iniciada cinco anos antes. Nesse sentido, algumas das iniciativas anunciadas pelo ministro Juca Ferreira, relacionadas à Cultura Digital, representam a germinação de sementes plantadas durante a gestão Gil, que, sob essa ótica, estaria ainda em curso no momento em que concluí este trabalho – o último mês da gestão Lula/Gil/Juca.
A absorção dos novos paradigmas do contexto digital pelo MinC, como campo de suas políticas públicas, é, também, bastante recente e sem precedentes: os estúdios digitais nos Pontos de Cultura, lançados em julho de 2004, bem como as demais ações que se seguiram, foram as primeiras iniciativas do MinC no sentido de consolidar a Cultura Digital como foco de sua atenção. Além de serem políticas jovens e inaugurais, a própria natureza de processo, inerente à concepção dos Pontos de Cultura, reforça o caráter de inconclusão do campo de pesquisa.
Este trabalho se concentrou, portanto, na genealogia do posicionamento em questão, não se propondo a analisar os resultados decorrentes de sua implementação, o que permanece como motivação para um novo estudo, para o qual espero que a presente pesquisa tenha contribuído. Assume-se aqui, dessa forma, o risco de, em alguma medida, intenções ganharem mais atenção do que seus efetivos resultados.

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