Diversidade Da Vida

Reconhecido no mundo todo como o papa da biodiversidade, Wilson analisa aqui os processos adaptativos responsáveis pela criação de novas espécies e descreve os cataclismos que interromperam a evolução e empobreceram a diversidade nos últimos seiscentos milhões de anos.


Os cinco primeiros desastres ecológicos (tais como meteoritos e mudanças climáticas) custaram à evolução entre dez e cem milhões de anos de reparação. Já o sexto grande espasmo de extinção na Terra, desta vez inteiramente causado pelo homem, pode não ter conserto.
Wilson aponta fortes indícios de que o planeta caminha para um grave e talvez irreversível processo de degradação ambiental: declínio da população de pássaros nos Estados Unidos, extinção de espécies de peixes de água doce na África e na Ásia, drástica redução de flora e fauna nas regiões tropicais desmatadas.
As saídas que o autor propõe são complexas, à altura do problema, mas factíveis, e passam por conciliar produção, lucro e proteção ambiental. Desafiadoras, elas permitem que a consciência ecológica e as práticas sociais alcancem novo patamar, tanto nos estudos quanto nas atitudes individuais e políticas de preservação do meio ambiente.

A maioria das ideias são meros devaneios que acabam cedendo lugar a um resíduo emocional. Um cientista de primeiro calibre pode esperar apreender e expressar apenas algumas durante a sua vida.
Ninguém ainda aprendeu como inventar, com um mínimo de êxito consistente, equações e frases científicas. Ninguém descobriu ainda a metafórmula da pesquisa científica. A conversão é uma arte, e um golpe de sorte, nas mentes preparadas para recebê-las.
Buscamos fora de nós, e dentro de nós, e o valor do que apreendemos de um lado dessa barreira mental é proporcional ao valor do que apreendemos do outro. Foi a respeito dessa qualidade dual que o grande químico Berzelius escreveu em 1818 e para todos os tempos:
"Toda a nossa teoria é apenas um meio de conceituar de maneira consistente os processos internos dos fenômenos, e é presumível e apropriada quando todos os fatos conhecidos cientificamente puderem ser deduzidos dela.
Este modo de conceituação pode igualmente ser falso e, infelizmente, é de se presumir que o seja com frequência. Mesmo assim, num determinado momento do desenvolvimento da ciência, pode se coadunar tão bem com propósitos quanto uma teoria verdadeira.
Amplia-se a experiência, surgem fatos que não condizem com ela, e somos forçados a sair em busca de um novo modo de conceituação que possa acomodar também esses fatos. Dessa maneira, sem dúvida, os modos de conceituação serão alterados de época para época, com o alargamento da experiência, e a verdade completa talvez jamais venha a ser atingida."

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Reconhecido no mundo todo como o papa da biodiversidade, Wilson analisa aqui os processos adaptativos responsáveis pela criação de novas espécies e descreve os cataclismos que interromperam a evolução e empobreceram a diversidade nos últimos seiscentos milhões de anos.
Os cinco primeiros desastres ecológicos (tais como meteoritos e mudanças climáticas) custaram à evolução entre dez e cem milhões de anos de reparação. Já o sexto grande espasmo de extinção na Terra, desta vez inteiramente causado pelo homem, pode não ter conserto.
Wilson aponta fortes indícios de que o planeta caminha para um grave e talvez irreversível processo de degradação ambiental: declínio da população de pássaros nos Estados Unidos, extinção de espécies de peixes de água doce na África e na Ásia, drástica redução de flora e fauna nas regiões tropicais desmatadas.
As saídas que o autor propõe são complexas, à altura do problema, mas factíveis, e passam por conciliar produção, lucro e proteção ambiental. Desafiadoras, elas permitem que a consciência ecológica e as práticas sociais alcancem novo patamar, tanto nos estudos quanto nas atitudes individuais e políticas de preservação do meio ambiente.

A maioria das ideias são meros devaneios que acabam cedendo lugar a um resíduo emocional. Um cientista de primeiro calibre pode esperar apreender e expressar apenas algumas durante a sua vida.
Ninguém ainda aprendeu como inventar, com um mínimo de êxito consistente, equações e frases científicas. Ninguém descobriu ainda a metafórmula da pesquisa científica. A conversão é uma arte, e um golpe de sorte, nas mentes preparadas para recebê-las.
Buscamos fora de nós, e dentro de nós, e o valor do que apreendemos de um lado dessa barreira mental é proporcional ao valor do que apreendemos do outro. Foi a respeito dessa qualidade dual que o grande químico Berzelius escreveu em 1818 e para todos os tempos:
“Toda a nossa teoria é apenas um meio de conceituar de maneira consistente os processos internos dos fenômenos, e é presumível e apropriada quando todos os fatos conhecidos cientificamente puderem ser deduzidos dela.
Este modo de conceituação pode igualmente ser falso e, infelizmente, é de se presumir que o seja com frequência. Mesmo assim, num determinado momento do desenvolvimento da ciência, pode se coadunar tão bem com propósitos quanto uma teoria verdadeira.
Amplia-se a experiência, surgem fatos que não condizem com ela, e somos forçados a sair em busca de um novo modo de conceituação que possa acomodar também esses fatos. Dessa maneira, sem dúvida, os modos de conceituação serão alterados de época para época, com o alargamento da experiência, e a verdade completa talvez jamais venha a ser atingida.”

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