Musicologia(s)

Apresenta alguns dos mais significativos pensamentos da atualidade sobre a[s] Musicologia[s], especificamente no contexto ibero-americano.

Cada vez mais, os estudos voltados às questões musicais vão se ampliando e se intensificando, e o século XIX será palco da consolidação da Musicologia como um ramo autônomo do conhecimento humano. Dentro desse contexto, o termo Musikwissenschaft (Ciência da Música ou Musicologia) aparece publicado pela primeira vez em 1827, no título de uma obra do educador alemão Johann Bernhard Logier: System des Musik-wissenschaft und der Praktischen Komposition.

Em 1855, o termo se estabelece ao compor o título de um periódico específico para os estudos da música: Vierteljahrsschrift für Musikwissenschaft. E, como campo autônomo das ciências, a Musicologia se consolida com a publicação do Jahrbücher für Musikalische Wissenschaft (Anuário para Ciência Musical) de 1863, cujo editor, Karl Franz Friedrich Chrysander, vinha sendo um dos grandes defensores da ideia de que os estudos do universo musical deveriam ser tratados como uma ciência em seu próprio direito, em nível de igualdade ao de outras disciplinas científicas.

Consolidada como tal, a Musicologia vai se reformulando e ampliando seu foco.

Nesse sentido, surge, por parte de alguns estudiosos, a preocupação com a música não ocidental. Entre estes estudiosos está François-Joseph Fétis que, em 1869, publica o seu Résumé Philosophique de l’Histoire de la Musique. Nesse trabalho, o autor lança as bases para o surgimento da Musicologia Comparada, mais tarde Etnomusicologia. Esta foi uma área que ganhou grande impulso ao privilegiar-se da possibilidade de se ter os sons gravados pelo recém-inventado fonógrafo.

Adentrando o século XX, as discussões se ampliam e, com elas, as visões e propostas para que se tenha, de forma mais especificada, cada ramo da Musicologia, bem como seus objetos de estudo. Por sua vez, cresce o número daqueles que acreditam que aspectos sociológicos, antropológicos e etnológicos deveriam se sobressair, talvez até mesmo em detrimento de questões filosóficas (epistemológicas e, mais ainda, ontológicas), fazendo surgir a ideia de se ter a Etnomusicologia como área autônoma da Musicologia.

O que se nota é que, nos vários milhares de anos que a “arte das musas” deixou os acordes das liras de Apolo e Orfeu, até este primeiro quarto do século XXI, os enfoques sobre a compreensão da música e seus entornos vêm sendo observados sob várias perspectivas. Como tal, qualifica-se como uma área do conhecimento humano dinâmico, múltiplo e, acima de tudo, complexo.

É nesse sentido que se procurou, neste volume, apresentar alguns dos mais significativos pensamentos da atualidade sobre a[s] Musicologia[s], mais especificamente no contexto ibero-americano.

Baixe os demais volumes da série aqui.

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Cada vez mais, os estudos voltados às questões musicais vão se ampliando e se intensificando, e o século XIX será palco da consolidação da Musicologia como um ramo autônomo do conhecimento humano. Dentro desse contexto, o termo Musikwissenschaft (Ciência da Música ou Musicologia) aparece publicado pela primeira vez em 1827, no título de uma obra do educador alemão Johann Bernhard Logier: System des Musik-wissenschaft und der Praktischen Komposition.

Em 1855, o termo se estabelece ao compor o título de um periódico específico para os estudos da música: Vierteljahrsschrift für Musikwissenschaft. E, como campo autônomo das ciências, a Musicologia se consolida com a publicação do Jahrbücher für Musikalische Wissenschaft (Anuário para Ciência Musical) de 1863, cujo editor, Karl Franz Friedrich Chrysander, vinha sendo um dos grandes defensores da ideia de que os estudos do universo musical deveriam ser tratados como uma ciência em seu próprio direito, em nível de igualdade ao de outras disciplinas científicas.

Consolidada como tal, a Musicologia vai se reformulando e ampliando seu foco.

Nesse sentido, surge, por parte de alguns estudiosos, a preocupação com a música não ocidental. Entre estes estudiosos está François-Joseph Fétis que, em 1869, publica o seu Résumé Philosophique de l’Histoire de la Musique. Nesse trabalho, o autor lança as bases para o surgimento da Musicologia Comparada, mais tarde Etnomusicologia. Esta foi uma área que ganhou grande impulso ao privilegiar-se da possibilidade de se ter os sons gravados pelo recém-inventado fonógrafo.

Adentrando o século XX, as discussões se ampliam e, com elas, as visões e propostas para que se tenha, de forma mais especificada, cada ramo da Musicologia, bem como seus objetos de estudo. Por sua vez, cresce o número daqueles que acreditam que aspectos sociológicos, antropológicos e etnológicos deveriam se sobressair, talvez até mesmo em detrimento de questões filosóficas (epistemológicas e, mais ainda, ontológicas), fazendo surgir a ideia de se ter a Etnomusicologia como área autônoma da Musicologia.

O que se nota é que, nos vários milhares de anos que a “arte das musas” deixou os acordes das liras de Apolo e Orfeu, até este primeiro quarto do século XXI, os enfoques sobre a compreensão da música e seus entornos vêm sendo observados sob várias perspectivas. Como tal, qualifica-se como uma área do conhecimento humano dinâmico, múltiplo e, acima de tudo, complexo.

É nesse sentido que se procurou, neste volume, apresentar alguns dos mais significativos pensamentos da atualidade sobre a[s] Musicologia[s], mais especificamente no contexto ibero-americano.

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