
Mídia E Comunicação Contemporânea reúne um conjunto de inquietações formuladas e investigadas por discentes do Mestrado em Comunicação da Cásper Líbero em pesquisas concluídas no ano de 2012.
Elas foram desenvolvidas no âmbito das duas linhas de pesquisa que compõem o Programa, “Processos Midiáticos: Tecnologia e Mercado” e “Produtos Midiáticos: Jornalismo e Entretenimento”.
Se o conjunto indica uma certa diversidade, mostra também a unidade de preocupações, formulações e ideias que garante um substrato epistemológico comum a todos os trabalhos, não apenas por conta da vinculação com as linhas de pesquisa e com a área de concentração, mas também com os projetos desenvolvidos pelos vários grupos de pesquisa em atividade no Mestrado.
O aporte interdisciplinar encontra a unidade dentro da variedade, permitindo um vislumbre do que é a produção dos pesquisadores discentes vinculados ao Programa de Mestrado.
O uso de “pesquisadores discentes”, e não de “alunos” não é uma veleidade terminológica, mas uma forma de compreender o que vem a ser o trabalho de pesquisa na pós-graduação.
Retomando uma divisão proposta por Vilém Flusser, seria possível dizer que no âmbito, do Mestrado, a relação discursiva que tende a caracterizar boa parte das etapas acadêmicas anteriores é substituída por uma relação eminentemente dialógica entre professores e alunos, que se reúnem, mais do que em outros espaços, sob o denominador comum de pesquisadores; mais do que propriamente em uma relação rígida e hierárquica formada por um detentor do saber que o transmitiria aos “alumini” – na concepção latina original da palavra, “aqueles que não têm luz”.
Professores e pesquisadores discentes estão vinculados, ainda que em momentos diferentes de suas trajetórias, a uma mesma finalidade, a investigação de fenômenos da realidade que, por vários motivos, provocam
inquietações.
Alguém já disse que um bom trabalho de pesquisa nasce de uma inquietação. Alguma motivação pessoal, nem sempre imediatamente identificável, às vezes imperceptível, não raro uma vaga intuição de que alguma coisa não está correta e merece ser mais explorada, examinada com mais detalhes.
Mas ela está lá, presente, e isso é o quanto basta para que, em algum momento, ela venha a incomodar e pedir sua resolução.
