Paris Já Está Ardendo?

O jornalista americano Larry Collins e o escritor francês Dominique Lapierre pesquisaram por três anos e entrevistaram três mil pessoas para publicar em 1964 "Paris brûle-t-il?", que descreve os dezesseis dias e, muito detalhadamente, as horas que precederam a Libertação de Paris na Segunda Guerra Mundial

, de diferentes pontos de vista: dos habitantes de Paris, dos partisans, dos soldados de Leclerc, de Eisenhower e dos GIs americanos, do general Dietrich von Choltitz, último chefe militar da capital, de seus comandados e até de Hitler. O papel do general, que se negou a cumprir repetidas ordens de Hitler para a destruição de pontes, palácios e símbolos de Paris "até que só restasse um campo em ruínas", é reconhecido pelos parisienses de um jeito curioso: nos ônibus de turismo, os visitantes ficam sabendo que os vários monumentos da cidade continuam ali graças a Von Choltitz. O livro foi levado às telas em 1966 por René Clément, com grande elenco de estrelas internacionais.

No dia 23 de agosto de 1944, às 11 da manhã, os teletipos do Grande Quartel-General de Hitler transmitem a ordem abaixo, ultrassecreta e urgentíssima. São seus destinatários: o comandante-em-chefe do Oeste, o chefe do Grupo de Exércitos B, o 1° Exército, o 5º Exército Blindado e o 15º Exército. Esta ordem repete o que Hitler acabava de dizer a seus generais no bunker de Rastenburg. No espírito do Führer ela decidirá, de uma vez para sempre, o destino de Paris.
A defesa da cabeça de ponte de Paris é de importância vital no plano militar e político. A perda da cidade provocaria a ruptura de toda a frente do litoral ao norte do Sena e nos privaria das bases de lançamento para o combate remoto contra a Inglaterra. Na história, a perda de Paris arrasta, até hoje, a perda de toda a França. O Führer reitera portanto sua ordem: Paris tem que ser defendida na posição-chave que antecede a cidade. Ele manda que sejam chamados para esse efeito os reforços destinados ao comandante-em-chefe do Oeste.
Na cidade, é necessário intervir com os meios mais enérgicos quando surgirem os primeiros sintomas de rebelião, destruindo quarteirões, procedendo à execução pública dos líderes, fazendo evacuar os bairros ameaçados. É desta forma que melhor se conseguirá impedir o alastramento dos movimentos rebeldes.
A destruição das pontes sobre o Sena será preparada.
Paris não pode cair nas mãos do inimigo, ou então o inimigo não deve encontrar mais do que um campo de ruínas.

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O jornalista americano Larry Collins e o escritor francês Dominique Lapierre pesquisaram por três anos e entrevistaram três mil pessoas para publicar em 1964 “Paris brûle-t-il?”, que descreve os dezesseis dias e, muito detalhadamente, as horas que precederam a Libertação de Paris na Segunda Guerra Mundial, de diferentes pontos de vista: dos habitantes de Paris, dos partisans, dos soldados de Leclerc, de Eisenhower e dos GIs americanos, do general Dietrich von Choltitz, último chefe militar da capital, de seus comandados e até de Hitler. O papel do general, que se negou a cumprir repetidas ordens de Hitler para a destruição de pontes, palácios e símbolos de Paris “até que só restasse um campo em ruínas”, é reconhecido pelos parisienses de um jeito curioso: nos ônibus de turismo, os visitantes ficam sabendo que os vários monumentos da cidade continuam ali graças a Von Choltitz. O livro foi levado às telas em 1966 por René Clément, com grande elenco de estrelas internacionais.

No dia 23 de agosto de 1944, às 11 da manhã, os teletipos do Grande Quartel-General de Hitler transmitem a ordem abaixo, ultrassecreta e urgentíssima. São seus destinatários: o comandante-em-chefe do Oeste, o chefe do Grupo de Exércitos B, o 1° Exército, o 5º Exército Blindado e o 15º Exército. Esta ordem repete o que Hitler acabava de dizer a seus generais no bunker de Rastenburg. No espírito do Führer ela decidirá, de uma vez para sempre, o destino de Paris.
A defesa da cabeça de ponte de Paris é de importância vital no plano militar e político. A perda da cidade provocaria a ruptura de toda a frente do litoral ao norte do Sena e nos privaria das bases de lançamento para o combate remoto contra a Inglaterra. Na história, a perda de Paris arrasta, até hoje, a perda de toda a França. O Führer reitera portanto sua ordem: Paris tem que ser defendida na posição-chave que antecede a cidade. Ele manda que sejam chamados para esse efeito os reforços destinados ao comandante-em-chefe do Oeste.
Na cidade, é necessário intervir com os meios mais enérgicos quando surgirem os primeiros sintomas de rebelião, destruindo quarteirões, procedendo à execução pública dos líderes, fazendo evacuar os bairros ameaçados. É desta forma que melhor se conseguirá impedir o alastramento dos movimentos rebeldes.
A destruição das pontes sobre o Sena será preparada.
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