Músicas:
1. Voodoo Mon Amour
2. Guerilla Laments
3. Kevlar Sweethearts
4. How to Organize a Lynch Mob
5. Black Box Messiah
6. Exit Strategy of a Wrecking Ball
7. Aurora
8. Mass Rapture
9. Honey Trap Aftermath
10. Of Kali Ma Calibre
11. Justice for Saint Mary
Diablo Swing Orchestra teria uma das mais impressionantes histórias se ela fosse de fato sua. Não entendeu? Pois bem, acontece que o nome “Diablo Swing Orchestra” remonta à década de 1500, quando uma orquestra surpreendente, de desempenhos inigualáveis e cujo som seduzia às diferentes classes sociais — como se fossem realmente feitiços tamanha envolvência que seu som causava — surgiu e foi conquistando os suecos. Porém, obviamente, a igreja católica não viu isso com bons olhos, ou melhor, não ouvira com bons ouvidos, considerando-na uma orquestra do mal, ou a ‘orquestra do diabo’, como viria a ser conhecida. Como resultado da ~magia sonora~ da orquestra somado aos dogmas sem pés nem cabeças da religião católica, nenhuma condenação parecia caber tão bem quanto o enforcamento (uma fogueirinha cairia muito bem também), e assim se exterminava a orquestra.
Aí tu me pergunta: Mas o que tem a atual banda haver com a antiga? Eu digo: talvez a vontade de fazer música surpreendente, ter músicos habilidosos, encantar nossos ouvidos e conseguir muitos seguidores em tão pouco tempo. Mas além disto, mais nada. Na verdade a lenda ainda diz que uma carta fora deixada aos descendentes dos músicos e que nela diz algo sobre reunir a orquestra, o que nos leva a crer que foi uma história interessante, mesmo que curta, criada para deixar aquele desejo de continuação.
Mas enfim, existindo ou não no século XVI, o importante é que a atual orquestra do diabo soube como resgatar certas sonoridades, levando-nos para décadas passadas sem deixar de fazer algumas referências ao presente. Referências essas que vão da música erudita ao heavy metal e sempre apoiando-se no dark cabaret. Também acaba fazendo uso de sonoridades emprestadas do flamenco, samba (para miiiinha alegriiiiaaaaaa), jazz e outras, mas sem soar simplesmente maluca, como fazem outras bandas denominadas avant-garde. D.S.O. consegue equilibrar, colocar o humor, a insanidade, beleza, magia, virtuosidades, técnica, fúria, mistério, sem precisar camuflar nada e de forma à agradar pagãos e cristãos (ou quase).