A obra Uso E Ensino De Língua: Pesquisas E Reflexões Do Grupo Teorias Linguísticas De Base (TLB) tem como principal objetivo divulgar trabalhos realizados pelos membros do grupo de pesquisa Teorias Linguísticas de Base- TLB. Bem como pelos colegas que direta ou indiretamente participam das nossas atividades, envolvendo-se com nossos temas de interesse, na direção de permitir que outros pesquisadores possam ter ciência de nossas investidas científicas (teóricas e práticas).
Assim, as discussões suscitadas nesta coletânea são resultado de interações acadêmicas com estudiosos no Brasil, das seguintes instituições de ensino superior: UFPB, UNB, UFRN, UFC, UFCG, UFRR e UEPB, bem como no exterior com a Universidade de Buenos Aires (UBA) e a Universidade Del salvador (USAL), que observam no uso e no ensino de língua (escrita e leitura) possibilidades promissoras de pesquisa.
Neste sentido de partilha, seguindo o mesmo raciocínio de La Fontaine, século XVII, que proporcionou a propagação das fábulas Esopo (Grécia), sob a lógica da tradição oral transformada em literatura ou mesmo, Millôr Fernandes, na contemporaneidade, no Brasil, escrevendo suas fábulas fabulosas, compartilhamos com a academia os assuntos que discutimos neste livro: nossas sensações e impressões daquilo que consideramos importante, no que diz respeito ao uso e ensino de língua.
Nesta acepção, embora não tenhamos o objetivo final em apresentar uma moral ou uma lição, uma sugestão de atitude como propunham as fábulas de Esopo – já antes mesmo de Cristo –, neste trabalho visamos também partilhar, divulgar, repercutir aquilo que estamos pensando e estudando. Dar voz aos autores que aqui estão representados, mas também dar a voz àqueles que estão subjacentes.
Vale de toda maneira, a despeito da distância que há entre o objetivo central desta obra e o objetivo central da antologia de Esopo que, inclusive, para alguns historiadores continua tendo sua existência questionável, de alguma maneira fala e reproduz em suas histórias contadas e recontadas, ao longo dos tempos, uma manifestação clara do ponto de vista de alguém que está fora da elite, ainda que possa ser uma figura imaginária.
Esopo representa simbolicamente este lugar do excluído: escravo. Alguém que do seu ponto de vista é capaz de dizer algo suficiente para gerar interesses alhures, mesmo que alijado do espaço daqueles que poderiam falar: livres.