
Minhas visões políticas parecem naturais e óbvias… para mim. Outros as acham peculiares. Sua peculiaridade consiste principalmente em levar certas afirmações, muito familiares na retórica política, às suas conclusões naturais.
Eu acredito, como muitos dizem acreditar, que todos têm o direito de viver a própria vida, de irem ao inferno à própria maneira.
Concluo, como muitos esquerdistas, que toda censura deveria ser abolida. Que as leis contra todas as drogas, sejam elas a maconha, a heroína ou o Remédio Milagroso Contra o Câncer do Dr. Falcatrua, deveriam ser repelidas. E também as leis que obrigam os carros a terem cintos de segurança.
O direito de controlar minha vida não significa o direito de ter livre tudo o que quero; a única maneira de fazer isso seria obrigar alguma outra pessoa a pagar pelo que recebo. Como todo bom direitista, eu me oponho aos programas de bem-estar social que sustentam os pobres com dinheiro tirado à força dos contribuintes.
Também me oponho às tarifas, subsídios, empréstimos garantidos, renovação urbana, preços mínimos para produtos agrícolas, em suma, todos os muito mais numerosos programas que sustentam os não-pobres, e quase sempre os ricos, com dinheiro tirado à força dos contribuintes, quase sempre os pobres.
Eu sou um liberal à Adam Smith, ou, na terminologia americana contemporânea, um conservador à Goldwater. Só que eu levo minha devoção ao laissez-faire mais longe que Goldwater; quão longe ficará claro nos próximos capítulos. Às vezes digo que sou um anarquista à Goldwater.
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O link não funciona
Olá,
Atualizamos o link. Boa leitura.