Cidadania, Democracia E Participação Política

Cidadania, democracia e participação política, objeto de estudo nesta obra, são três noções que estão profundamente inter-relacionadas.

Cidadania, democracia e participação política são três noções que estão profundamente inter-relacionadas. A forma de governo democrático não pode ser entendida sem participação política e, por sua vez, quem exerce a participação política são os cidadãos. Essa trilogia que pode, à primeira vista, parecer simples traz, em si, uma grande complexidade porque a afirmação de cada uma dessas três categorias é o resultado de lutas e notáveis esforços ao longo da história.

A cidadania trouxe o reconhecimento dos direitos humanos a todos os indivíduos, dotando-os de mecanismos para tutelar e garantir esses direitos. O ensaio Ciudadanía y clase social, de Thomas Humphrey Marshall, é o referencial sociojurídico e político fundamental para se analisar a cidadania. Marshall descreve a implementação sucessiva e temporal da conquista dos direitos civis, políticos e sociais.

Ao referir-se aos sujeitos incluídos e excluídos “percebeu que a própria cidadania havia funcionado como arquétipo da desigualdade social”. Referiu-se, contudo, somente à desigualdade de classes, não de gênero, tampouco de etnia ou outras categorias que, ainda hoje, estão excluídas, como é o caso dos imigrantes.

A democracia, desde suas origens, foi vista com cautela por filósofos políticos, de Platão a Santo Agostinho, Hobbes, Montesquieu e muitos outros. Cabe a pergunta se estes filósofos tiveram a capacidade de detectar a problemática que poderia se apresentar.

Acaso entendiam melhor as debilidades e limitações da condição humana? Não temeram sucumbir ao discurso que a apresentou como a melhor forma de governo – entendida como o governo do povo – próprio de nossa época? Quanta atenção estão dispostos os cidadãos a prestar em assuntos públicos, ao bem estar da res pública, em um período em que alcançar fins econômicos parece dominar?

Junto aos dois grandes eixos de cidadania e democracia, se situa o terceiro, a participação política. A teoria moderna da representação política surge como resultado da influência de diversos autores e pensadores do século XVIII e de dois processos políticos quase sucessivos: a independência dos Estados Unidos da América, proclamada em 1776 e a Revolução Francesa, iniciada em 1789 e concluída em 1799 com o consulado de Napoleão.

cidadania, democracia e participação política são conceitos gestados há séculos e que evoluem em suas demandas ao compasso das próprias mutações do demos.

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Cidadania, democracia e participação política, objeto de estudo nesta obra, são três noções que estão profundamente inter-relacionadas.

Cidadania, democracia e participação política são três noções que estão profundamente inter-relacionadas. A forma de governo democrático não pode ser entendida sem participação política e, por sua vez, quem exerce a participação política são os cidadãos. Essa trilogia que pode, à primeira vista, parecer simples traz, em si, uma grande complexidade porque a afirmação de cada uma dessas três categorias é o resultado de lutas e notáveis esforços ao longo da história.

A cidadania trouxe o reconhecimento dos direitos humanos a todos os indivíduos, dotando-os de mecanismos para tutelar e garantir esses direitos. O ensaio Ciudadanía y clase social, de Thomas Humphrey Marshall, é o referencial sociojurídico e político fundamental para se analisar a cidadania. Marshall descreve a implementação sucessiva e temporal da conquista dos direitos civis, políticos e sociais.

Ao referir-se aos sujeitos incluídos e excluídos “percebeu que a própria cidadania havia funcionado como arquétipo da desigualdade social”. Referiu-se, contudo, somente à desigualdade de classes, não de gênero, tampouco de etnia ou outras categorias que, ainda hoje, estão excluídas, como é o caso dos imigrantes.

A democracia, desde suas origens, foi vista com cautela por filósofos políticos, de Platão a Santo Agostinho, Hobbes, Montesquieu e muitos outros. Cabe a pergunta se estes filósofos tiveram a capacidade de detectar a problemática que poderia se apresentar.

Acaso entendiam melhor as debilidades e limitações da condição humana? Não temeram sucumbir ao discurso que a apresentou como a melhor forma de governo – entendida como o governo do povo – próprio de nossa época? Quanta atenção estão dispostos os cidadãos a prestar em assuntos públicos, ao bem estar da res pública, em um período em que alcançar fins econômicos parece dominar?

Junto aos dois grandes eixos de cidadania e democracia, se situa o terceiro, a participação política. A teoria moderna da representação política surge como resultado da influência de diversos autores e pensadores do século XVIII e de dois processos políticos quase sucessivos: a independência dos Estados Unidos da América, proclamada em 1776 e a Revolução Francesa, iniciada em 1789 e concluída em 1799 com o consulado de Napoleão.

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