
Semiótica
- Filosofia, Linguística
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Charles Sanders Peirce - Semiótica
O reconhecimento da extraordinária importância do pensador e da obra de Charles Sanders Peirce em quase todos os campos das ciências, e sobretudo nos da humanas, deu-se com certo atraso em nosso meio.
Só por volta das décadas de 1960 e 1970 seu nome e seu trabalho ganharam maior circulação, exame e aplicação entre os estudiosos e críticos, por exemplo, da literatura, das artes, antropologia, sociologia, psicanálise, psicologia e arquitetura, nas universidades e nas revistas especializadas brasileiras.
Mas, desde então, tornou-se um saber e um instrumento indispensáveis para a pesquisa e análises sistemáticas.
Semiótica tem sido uma menção reiterada nos trabalhos de alunos e pesquisadores que se debruçam sobre as matérias em que o estatuto da linguagem é básico, seja por princípio, seja pela ótica adotada.
Charles Sanders Peirce (1839-1914) pode ser considerado o maior filósofo nascido no continente americano. Polímata, foi cientista por formação e profissão. Formou-se em química em Harvard, obtendo pela primeira vez a distinção summa cum laude, a mais alta da universidade.
De 1859 a 1891, foi geofísico e astrônomo da United States Coast and Geodetic Survey, e, com suas pesquisas, inseriu definitivamente os EUA no cenário internacional das ciências físicas.
Foi o primeiro a relacionar o comprimento do metro ao comprimento de onda da luz e também o primeiro a tentar definir a forma da Via Láctea pela medição do brilho das estrelas, apontando erros nas observações gravitacionais europeias e estabelecendo um novo modelo internacional para medições estatísticas.
Foi demitido sem aposentadoria, o que lhe causou graves dificuldades financeiras na velhice. No único período (1878-1883) em que trabalhou numa universidade, a então recém-criada Johns Hopkins, elaborou a teoria da quantificação para a lógica dos predicados e uma teoria do contínuo baseada na diferença entre conjuntos finitos e infinitos.
Da matemática à história da filosofia e da ciência, passando pela enologia e pela fonética da língua inglesa do período elizabetano, sua obra é imensa. Mas ele mesmo sempre se declarou acima de tudo um lógico.
De fato, seu trabalho nessa ciência é prolífico e aparentemente inesgotável, com proeminência para a sua semiótica, ou teoria geral dos signos, pela qual ficou mundialmente conhecido. Sua filosofia é sistemática, abrangente, na qual despontam teses ontológicas sobre a evolução do universo e da continuidade psicofísica de todos os fenômenos.
Além disso, recebeu de seu amigo William James o título de inventor do pragmatismo, que ele entendia primordialmente como um método lógico para a investigação científica. Seu pensamento exerceu profícua influência sobre vários pensadores do século XX, como Umberto Eco, Roman Jakobson, Gilles Deleuze, Alfred Tarski, Karl Popper e Juergen Habermas, dentre outros.
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