Autobiografia (1809-1882)

Em 1887, cinco anos depois da morte de Charles Darwin, seu filho Francis publicou esta Autobiografia, escrita pelo pai em 1876. A primeira edição apareceu mutilada. As que se seguiram, também. A família considerara impublicáveis as conclusões a que Darwin chegara, na maturidade, sobre as religiões em geral e, especialmente, o cristianismo. Conclusões chocantes para o próprio autor.
Quando jovem, Darwin considerara seriamente a possibilidade de tornar-se pastor da Igreja Anglicana, chegando a preparar-se para trilhar esse caminho. O apelo das ciências naturais foi mais forte. Não por causa de sua educação formal, mas apesar dela. Estudante sem brilho – a ponto de seu pai ter sérias dúvidas sobre o futuro do filho –, Darwin se aborrecia com as lições inúteis que recebia na escola. Preferia fazer longos passeios a pé, caçar, observar paisagens e conversar, a dois ou em grupos, sobre os temas que lhe interessavam. Durante muito tempo viveu dividido entre o insuficiente desempenho escolar e a crescente vontade de dar uma contribuição relevante à ciência.
O embarque quase acidental – inicialmente, contra a vontade do pai – no veleiro Beagle, em dezembro de 1831, mudou sua vida. Das escolas que frequentara, trazia uma herança infeliz: era péssimo desenhista, nunca penetrara nos mistérios da estatística e mal conhecia anatomia. Nada disso o desanimou. Durante quase cinco anos, observou atentamente a natureza. Registrou relevos e climas. Colecionou pedras, conchas e fragmentos de esqueletos. Incursionou pelas terras onde aportava, entre as quais o Brasil. Descreveu espécies vivas. Tomou uma infinidade de notas. Estabeleceu relações entre fatos, muitos dos quais apenas detalhes. E esforçou-se por imaginar uma trajetória histórica que pudesse explicar o que vira.

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Quando jovem, Darwin considerara seriamente a possibilidade de tornar-se pastor da Igreja Anglicana, chegando a preparar-se para trilhar esse caminho. O apelo das ciências naturais foi mais forte. Não por causa de sua educação formal, mas apesar dela. Estudante sem brilho – a ponto de seu pai ter sérias dúvidas sobre o futuro do filho –, Darwin se aborrecia com as lições inúteis que recebia na escola. Preferia fazer longos passeios a pé, caçar, observar paisagens e conversar, a dois ou em grupos, sobre os temas que lhe interessavam. Durante muito tempo viveu dividido entre o insuficiente desempenho escolar e a crescente vontade de dar uma contribuição relevante à ciência.
O embarque quase acidental – inicialmente, contra a vontade do pai – no veleiro Beagle, em dezembro de 1831, mudou sua vida. Das escolas que frequentara, trazia uma herança infeliz: era péssimo desenhista, nunca penetrara nos mistérios da estatística e mal conhecia anatomia. Nada disso o desanimou. Durante quase cinco anos, observou atentamente a natureza. Registrou relevos e climas. Colecionou pedras, conchas e fragmentos de esqueletos. Incursionou pelas terras onde aportava, entre as quais o Brasil. Descreveu espécies vivas. Tomou uma infinidade de notas. Estabeleceu relações entre fatos, muitos dos quais apenas detalhes. E esforçou-se por imaginar uma trajetória histórica que pudesse explicar o que vira.

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