Os Sentidos Da Modernização

A coletânea Os Sentidos Da Modernização revisita a questão do coronelismo no Brasil e amplia o escopo de sua importância.

É paradoxal que o esforço comum e abrangente de crítica do capitalismo tenha falido justamente na época em que as formas de existência social são vividas em todo o planeta sempre e mais como um vasto processo de dessocialização catastrófica.

A pálida reminiscência do que ela outrora fora perde suas últimas forças e energias ao se voltar — fechada em si mesma como uma ostra — a diversas modalidades de salvacionismo de uma sociedade cujas categorias fundamentais de relações produtoras de valor são tomadas como trans-históricas.

Ao assentar toda compreensão crítica da sociedade em bases sociológicas, que tipificam modelos e prescrevem sua cópia como sumo fim a ser perseguido, no momento em que a ordem e as possibilidades de classificação deste modo de vida dominado inconscientemente pelas formas econômicas se esfuma, tanto o marxismo tradicional como as formulações mais avançadas das ciências sociais burguesas (que são partes constituintes da tradição crítica brasileira) se veem na constrangedora situação — em muito semelhante a projeções neuróticas de indivíduos religiosos — de pensar o inexistente como causa última, ou de desejar com fervor que o imediatamente dissolvido volte a existir.

O livro Os Sentidos Da Modernização é um senhor esforço coletivo de furar este bloqueio. Sua primeira virtude está em buscar outra perspectiva para o posicionamento da crítica social, não mais fundado na análise comparativa entre uma situação histórica dada e seu contraste com um vir-a-ser ideal, elaborado a partir da suposição de que haveria algum sentido obrigatório de evolução geral das formas de vida social da espécie, já indicado no presente pelos países industrializados.

A impregnação de um sentido da história dado a priori moldou também a própria tradição crítica brasileira, que se fundamenta nestes supostos e, por isso, se vê compulsivamente compelida a voltar-se contra pretensos resquícios das formas originárias da formação, que ainda estariam presentes na vida social.

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A coletânea Os Sentidos Da Modernização revisita a questão do coronelismo no Brasil e amplia o escopo de sua importância.

É paradoxal que o esforço comum e abrangente de crítica do capitalismo tenha falido justamente na época em que as formas de existência social são vividas em todo o planeta sempre e mais como um vasto processo de dessocialização catastrófica.

A pálida reminiscência do que ela outrora fora perde suas últimas forças e energias ao se voltar — fechada em si mesma como uma ostra — a diversas modalidades de salvacionismo de uma sociedade cujas categorias fundamentais de relações produtoras de valor são tomadas como trans-históricas.

Ao assentar toda compreensão crítica da sociedade em bases sociológicas, que tipificam modelos e prescrevem sua cópia como sumo fim a ser perseguido, no momento em que a ordem e as possibilidades de classificação deste modo de vida dominado inconscientemente pelas formas econômicas se esfuma, tanto o marxismo tradicional como as formulações mais avançadas das ciências sociais burguesas (que são partes constituintes da tradição crítica brasileira) se veem na constrangedora situação — em muito semelhante a projeções neuróticas de indivíduos religiosos — de pensar o inexistente como causa última, ou de desejar com fervor que o imediatamente dissolvido volte a existir.

O livro Os Sentidos Da Modernização é um senhor esforço coletivo de furar este bloqueio. Sua primeira virtude está em buscar outra perspectiva para o posicionamento da crítica social, não mais fundado na análise comparativa entre uma situação histórica dada e seu contraste com um vir-a-ser ideal, elaborado a partir da suposição de que haveria algum sentido obrigatório de evolução geral das formas de vida social da espécie, já indicado no presente pelos países industrializados.

A impregnação de um sentido da história dado a priori moldou também a própria tradição crítica brasileira, que se fundamenta nestes supostos e, por isso, se vê compulsivamente compelida a voltar-se contra pretensos resquícios das formas originárias da formação, que ainda estariam presentes na vida social.

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