
Refletir em cima da sustentabilidade socioambiental é compreender porquês, buscar mudar fatos como: de cada 5 pessoas, uma terá câncer (enquanto que na década de 1950, era uma em cada 40 – ao mesmo tempo, passamos de 45 aditivos químicos na alimentação para mais de 2000, nos
dias de hoje!).
É compreender que o uso de energia tem um custo muito maior do que o que pagamos; é internalizar externalidades, como no caso da carne. O consumo de carne é hoje um dos maiores vilões socioecológicos: destruição da Amazônia, da Mata Atlântica (onde vivemos), do solo, poluição intensa de rios, aumento de fome no mundo – pois a carne não é para os pobres, e toma o lugar dos grãos etc.
Refletir em cima do Alerta Global é despertar para o Zeitgeist, para o aqui e agora. Abrir os olhos ao problema é promover a cidadania planetária, a esperança na humanidade, a vida das crianças, o respeito à vida não-humana, e a humildade – ou seja, o humus, respeito à terra, de onde todos viemos e para onde retornamos.
É com este alerta anti-hipocrisia que balizo os textos que se apresentam nesta obra que vem a público com o tema Meio Ambiente, Sustentabilidade e Direitos Humanos, a qual resumo na questão trazida pelo termo “socioambiental”.
Os temas da Filosofia da Alteridade, Educação Libertadora, A Interdependência Entre Homem e Natureza, ou mesmo o tema inovador do Pensamento e Educação Biocêntrica com foco nas emoções, buscando haurir sentido na área educacional mas sempre interdisciplinar; ou os temas ligados ao direito ambiental, e sua conexão com os direitos humanos e garantias fundamentais à manutenção de vida digna, compõem a primeira parte desta obra, tratando-se de fundamentos, ou seja, o que sustenta coerentemente nossa visão e ação posterior.
Já no segundo momento, crucial, é onde as coisas buscam ir mais à concretude, como quando se mostram os dilemas da proteção ambiental e conservação no país via Unidades de Conservação, ou ainda, a reflexão sobre os impactos da urbanização em termos da qualidade de vida, paisagens e dimensões de natureza biofísica; a este se junta a importância da mobilidade urbana sustentável, com as análises da ciclabilidade e importância de transportes como a bicicleta dentro de um novo planejamento urbano.











