Infância, Imagens E Vertigens

No início não sabia exatamente o que escrever, ou mesmo como fazê-lo, tinha apenas algumas intuições e uma profunda inquietude. Sabia que o texto, não seria nem mesmo parecido, com alguma das coisas que escrevo.
Assim, este texto se apresenta assim...

como uma composição, um ajuntamento de pensamentos, ideias, desejos, afetos, anseios. Parece que compor tem essa intencionalidade: a reunião de elementos isolados que, quando unidos, resultam em um todo destacado por pedaços.
Mas, compor não é algo tão simples, como sua definição nos leva a entender. Compor uma composição exige do compositor: criatividade, inventividade, alguns delírios, desvarios, insônias, renúncias e deslocamentos.
Parece que uma composição vai sendo escrita a partir das coisas que afetam, incomodam, tocam na pele, tocam no corpo. A composição é movida por afetações e sensações, em um movimento de experimentação; é dessa forma que a partitura vai se constituindo.
Uma composição me leva a pensar em montagem, não de peças previamente moldadas, que se engrena, se engatam, como se já estivesse delimitadas para “funcionar”, para dar certo.
Mas, montagem de fragmentos, de cacos, talvez de sobras, de restos, de resíduos, de esboços, que ao montado, ao composto, não se sabe exatamente o que pode resultar, ou mesmo a potência dessa composição.
Seria como uma bricolagem, uma brincadeira de colar e montar, de aproximar autores, ideias, pensamentos, experiências, imagens, infância, criança, matemática e pensar com essas aproximações, com esses encontros em um movimento de criação e experimentação com a escrita.
Uma composição abre possibilidades de ser montada, bricolada; não existe uma única maneira, existem maneiras inumeráveis, por isso, ela pode ser tentativas, provas, ensaios, experiências de montagem, de bricolagem.
É dessa forma que essa escrita também se apresenta: um ensaio. Um texto, uma composição que se ensaia trata de ensaiar um pensamento, de “experimentar seus limites e de inventar suas possibilidades”.
É como se fosse impulsionada por um segundo, a aventurar-se em uma viagem, uma viagem aberta, sem planejamento, sem rota traçada, sem destino previsto e seguro, ou como diz, Larrosa “Uma aventura, é justamente, uma viagem no não planejado e não traçado antecipadamente, uma viagem aberta em que pode acontecer qualquer coisa, e na qual não se sabe onde se vai chegar, nem mesmo se vai se chegar a algum lugar”.

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No início não sabia exatamente o que escrever, ou mesmo como fazê-lo, tinha apenas algumas intuições e uma profunda inquietude. Sabia que o texto, não seria nem mesmo parecido, com alguma das coisas que escrevo.
Assim, este texto se apresenta assim… como uma composição, um ajuntamento de pensamentos, ideias, desejos, afetos, anseios. Parece que compor tem essa intencionalidade: a reunião de elementos isolados que, quando unidos, resultam em um todo destacado por pedaços.
Mas, compor não é algo tão simples, como sua definição nos leva a entender. Compor uma composição exige do compositor: criatividade, inventividade, alguns delírios, desvarios, insônias, renúncias e deslocamentos.
Parece que uma composição vai sendo escrita a partir das coisas que afetam, incomodam, tocam na pele, tocam no corpo. A composição é movida por afetações e sensações, em um movimento de experimentação; é dessa forma que a partitura vai se constituindo.
Uma composição me leva a pensar em montagem, não de peças previamente moldadas, que se engrena, se engatam, como se já estivesse delimitadas para “funcionar”, para dar certo.
Mas, montagem de fragmentos, de cacos, talvez de sobras, de restos, de resíduos, de esboços, que ao montado, ao composto, não se sabe exatamente o que pode resultar, ou mesmo a potência dessa composição.
Seria como uma bricolagem, uma brincadeira de colar e montar, de aproximar autores, ideias, pensamentos, experiências, imagens, infância, criança, matemática e pensar com essas aproximações, com esses encontros em um movimento de criação e experimentação com a escrita.
Uma composição abre possibilidades de ser montada, bricolada; não existe uma única maneira, existem maneiras inumeráveis, por isso, ela pode ser tentativas, provas, ensaios, experiências de montagem, de bricolagem.
É dessa forma que essa escrita também se apresenta: um ensaio. Um texto, uma composição que se ensaia trata de ensaiar um pensamento, de “experimentar seus limites e de inventar suas possibilidades”.
É como se fosse impulsionada por um segundo, a aventurar-se em uma viagem, uma viagem aberta, sem planejamento, sem rota traçada, sem destino previsto e seguro, ou como diz, Larrosa “Uma aventura, é justamente, uma viagem no não planejado e não traçado antecipadamente, uma viagem aberta em que pode acontecer qualquer coisa, e na qual não se sabe onde se vai chegar, nem mesmo se vai se chegar a algum lugar”.

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