Como Enfrentar A Pobreza E A Desigualdade

A educação é a base do progresso das pessoas, das famílias e dos países.
Os países que lhe deram alta prioridade e investiram nela consistentemente receberam seus infinitos dividendos.


Na América Latina, as políticas neoliberais, apesar de valorizá-la no discurso, destinaram-lhe recursos muito limitados. Além disso, implantaram projetos educacionais discriminadores: um bem elaborado, para as elites, e outro diferente, de baixa qualidade, para os setores populares.
Desse modo, no contexto neoliberal, a educação se transformou em um mecanismo de reprodução e garantia de desigualdades.
Na América Latina, entre outros dados, nos indivíduos 20% mais pobres, apenas um em cada três termina o nível médio; entre os 20% mais ricos, de cada cinco alunos, mais de quatro concluem o nível médio. Além disso, são ensinos médios muito diferentes. O dos pobres, com muito menos horas de aula, sem recursos de aprendizagem nem bibliotecas, nem computadores, nem sequer banheiros suficientes, e com professores que ganham muito menos.
As diferenças que se estabelecem nas escolas são transferidas depois ao  mercado de trabalho. As crianças pobres têm menos anos de escolaridade e qualidade deficiente. Para elas será muito difícil competir, e nem sequer poderão ser incluídas na sociedade.
Ditaduras como a de Pinochet fizeram todo o possível para que esses círculos viciosos perversos fossem institucionalizados. O acesso à educação de qualidade e à universidade estava diretamente ligado à possibilidade de pagá-las.
Os estudantes chilenos desencadearam um movimento histórico de rebelião contra essa “herança maldita”. Exigiram a gratuidade do ensino, superação da diferença de qualidade, e que a educação não possa ser objeto de lucro.
Não é por acaso que um dos cartazes que puxavam as maciças manifestações dizia “Queremos UBA”. Enquanto suas universidades eram inacessíveis em razão de suas elevadas mensalidades, a emblemática Universidade de Buenos Aires é gratuita, aberta e da melhor qualidade.
Este livro, originalmente publicado pela Universidad Ricardo Palma (Ediciones Etica y Economia), busca contribuir para “compreender o mundo” atual, frequentemente encoberto por mitos e falácias utilizados para ocultar a desigualdade e a concentração de riqueza do 1%; há que se enfrentar esses mitos e, baseando-se nos dados, aproximar-se da realidade.
Em seu centro estão a pobreza e a desigualdade. Procura mostrar projetos coletivos e experiências que têm possibilitado aos excluídos um real acesso à educação, à saúde e ao trabalho.

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A educação é a base do progresso das pessoas, das famílias e dos países.
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Na América Latina, as políticas neoliberais, apesar de valorizá-la no discurso, destinaram-lhe recursos muito limitados. Além disso, implantaram projetos educacionais discriminadores: um bem elaborado, para as elites, e outro diferente, de baixa qualidade, para os setores populares.
Desse modo, no contexto neoliberal, a educação se transformou em um mecanismo de reprodução e garantia de desigualdades.
Na América Latina, entre outros dados, nos indivíduos 20% mais pobres, apenas um em cada três termina o nível médio; entre os 20% mais ricos, de cada cinco alunos, mais de quatro concluem o nível médio. Além disso, são ensinos médios muito diferentes. O dos pobres, com muito menos horas de aula, sem recursos de aprendizagem nem bibliotecas, nem computadores, nem sequer banheiros suficientes, e com professores que ganham muito menos.
As diferenças que se estabelecem nas escolas são transferidas depois ao  mercado de trabalho. As crianças pobres têm menos anos de escolaridade e qualidade deficiente. Para elas será muito difícil competir, e nem sequer poderão ser incluídas na sociedade.
Ditaduras como a de Pinochet fizeram todo o possível para que esses círculos viciosos perversos fossem institucionalizados. O acesso à educação de qualidade e à universidade estava diretamente ligado à possibilidade de pagá-las.
Os estudantes chilenos desencadearam um movimento histórico de rebelião contra essa “herança maldita”. Exigiram a gratuidade do ensino, superação da diferença de qualidade, e que a educação não possa ser objeto de lucro.
Não é por acaso que um dos cartazes que puxavam as maciças manifestações dizia “Queremos UBA”. Enquanto suas universidades eram inacessíveis em razão de suas elevadas mensalidades, a emblemática Universidade de Buenos Aires é gratuita, aberta e da melhor qualidade.
Este livro, originalmente publicado pela Universidad Ricardo Palma (Ediciones Etica y Economia), busca contribuir para “compreender o mundo” atual, frequentemente encoberto por mitos e falácias utilizados para ocultar a desigualdade e a concentração de riqueza do 1%; há que se enfrentar esses mitos e, baseando-se nos dados, aproximar-se da realidade.
Em seu centro estão a pobreza e a desigualdade. Procura mostrar projetos coletivos e experiências que têm possibilitado aos excluídos um real acesso à educação, à saúde e ao trabalho.

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