Bernard Montgomery – Da Normandia Ao Báltico: As Últimas Grandes Batalhas Da Guerra 1939-1945
Eis um relato do papel desempenhado pelo 21.° Grupo de Exércitos na Campanha do Noroeste da Europa, de Junho de 1944 a Maio de 1945.
As operações da guerra moderna dizem respeito, essencialmente, não apenas ao Exército, à Marinha ou à Aviação, mas a todos, trabalhando em estreita cooperação, e não é possível nem desejável isolar o aspecto puramente militar desta narrativa; por outro lado, não está dentro do âmbito de Da Normandia Ao Báltico fazer mais do que uma breve referência ao trabalho e realizações, nesta Campanha, das Armadas Aliadas e das Forças Aéreas.
Essas Armadas tornaram possível que tudo aquilo de que necessitávamos nos chegasse, sem dano, através de sete mares, e combateram em íntima cooperação conosco: não só no ataque inicial, mas em todas as batalhas que travámos ao longo da costa Noroeste da Europa.
A participação das Forças Aéreas nas batalhas terrestres foi inestimável e muitas vezes decisiva. Até então nunca Exército algum lutara com o apoio de tão tremendo poderio aéreo.
Houve a mais íntima camaradagem entre as Forças Armadas nesta guerra do que em todos os tempos passados, e graças a essa camaradagem os soldados adquiriram um profundo respeito e admiração pelo heroísmo e competência dos marinheiros e aviadores.
Da Normandia Ao Báltico contém apenas breves referências ao nosso grande aliado russo, mas jamais será esquecido que a Rússia suportou o maior peso do ataque inimigo em terra.
Houve estreita interdependência entre as frentes aliadas e o grandioso desenvolvimento da estratégia do Marechal Estaline, no Este, que de fato constituiu o complemento das ofensivas anglo-americanas no Sul e no Oeste.
A terminar, desejo prestar homenagem ao esplêndido espírito combativo, heroísmo e capacidade de resistência do soldado da Comunidade Britânica. Uma vez mais demonstrou que não tem rival. Se me perguntarem qual foi o decisivo fator que contribuiu para o seu êxito, direi o moral.
Considero o moral o elemento mais importante da guerra. Um moral elevado baseia-se na disciplina, respeito por si próprio e confiança do soldado nos seus comandantes, no material de que dispõe e na sua pessoa.
Sem um elevado moral não é possível vencer, por melhor que seja o plano estratégico ou tático. Um tal moral é pérola de raro preço. E a melhor maneira de o obter reside em vencer batalhas.
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