História Diversa

Uma história diversa. Diversa em todos os sentidos que a palavra possui: diversa porque diferente da história contada até agora

Vários relatos da história de Florianópolis mencionam a presença de escravos ou libertos, entretanto, geralmente aparecem como a mão de obra responsável pela construção dos prédios mais antigos ou em histórias pitorescas, como as do trabalho das lavadeiras nos rios e córregos da cidade ou do transporte de água potável e dejetos das casas.

Quando não são mão de obra do passado ou protagonistas de situações pitorescas, os indivíduos de origem africana não figuram na história da cidade no século XIX. Os exemplos seriam muitos. Experimente você lembrar-se de alguns livros que leu sobre Florianópolis ou folhear alguns deles. Protagonistas negros são raros, vai concordar.

O motivo disso é que Florianópolis, há bastante tempo, tem sido vista e interpretada como terra de “tradições açorianas”, e o estado de Santa Catarina como próspero graças à fixação de europeus. A economia catarinense antes da fundação das colônias de Blumenau e Joinville é tida como insignificante, e assim, o auge da escravidão no litoral catarinense e na Ilha de Santa Catarina não tem recebido muita atenção até agora.

História Diversa: Africanos E Afrodescendentes Na Ilha De Santa Catarina traz elementos para formar outra imagem da história da cidade, entre os séculos XIX e XX.

Uma história diversa. Diversa em todos os sentidos que a palavra possui: diversa porque diferente da história contada até agora; diversa porque múltipla e porque expõe a diversidade; diversa porque está mudada; e ainda, diversa porque é discordante.

A “invisibilidade” da presença de africanos e descendentes na memória histórica não é prerrogativa de Santa Catarina; ocorre nos outros estados da região Sul e em vários países das Américas que receberam contingente significativo de africanos, mas que construíram memórias e identidades nacionais associadas a indígenas e europeus, ou nelas enfatizaram a mestiçagem.

A Argentina é um exemplo. Apagou-se da memória a forte presença de africanos em Buenos Aires, e em algumas províncias, até o início do século XIX, não havendo lugar para seus descendentes na identidade nacional hoje.

Convidamos você, leitor, seja catarinense nato ou adotado, visitante ou amante da Ilha de Santa Catarina, a percorrer os capítulos desse livro.

Venha com os olhos abertos para revisitar velhos episódios e encontrar novos sujeitos; com os ouvidos prontos para ouvir velhos sons, mas experimentar novas sensações; e com disposição para conhecer e reconhecer a participação dos africanos e seus descendentes na construção de Santa Catarina, sujeitos até então invisíveis na história que é de todos nós.

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Uma história diversa. Diversa em todos os sentidos que a palavra possui: diversa porque diferente da história contada até agora

Vários relatos da história de Florianópolis mencionam a presença de escravos ou libertos, entretanto, geralmente aparecem como a mão de obra responsável pela construção dos prédios mais antigos ou em histórias pitorescas, como as do trabalho das lavadeiras nos rios e córregos da cidade ou do transporte de água potável e dejetos das casas.

Quando não são mão de obra do passado ou protagonistas de situações pitorescas, os indivíduos de origem africana não figuram na história da cidade no século XIX. Os exemplos seriam muitos. Experimente você lembrar-se de alguns livros que leu sobre Florianópolis ou folhear alguns deles. Protagonistas negros são raros, vai concordar.

O motivo disso é que Florianópolis, há bastante tempo, tem sido vista e interpretada como terra de “tradições açorianas”, e o estado de Santa Catarina como próspero graças à fixação de europeus. A economia catarinense antes da fundação das colônias de Blumenau e Joinville é tida como insignificante, e assim, o auge da escravidão no litoral catarinense e na Ilha de Santa Catarina não tem recebido muita atenção até agora.

História Diversa: Africanos E Afrodescendentes Na Ilha De Santa Catarina traz elementos para formar outra imagem da história da cidade, entre os séculos XIX e XX.

Uma história diversa. Diversa em todos os sentidos que a palavra possui: diversa porque diferente da história contada até agora; diversa porque múltipla e porque expõe a diversidade; diversa porque está mudada; e ainda, diversa porque é discordante.

A “invisibilidade” da presença de africanos e descendentes na memória histórica não é prerrogativa de Santa Catarina; ocorre nos outros estados da região Sul e em vários países das Américas que receberam contingente significativo de africanos, mas que construíram memórias e identidades nacionais associadas a indígenas e europeus, ou nelas enfatizaram a mestiçagem.

A Argentina é um exemplo. Apagou-se da memória a forte presença de africanos em Buenos Aires, e em algumas províncias, até o início do século XIX, não havendo lugar para seus descendentes na identidade nacional hoje.

Convidamos você, leitor, seja catarinense nato ou adotado, visitante ou amante da Ilha de Santa Catarina, a percorrer os capítulos desse livro.

Venha com os olhos abertos para revisitar velhos episódios e encontrar novos sujeitos; com os ouvidos prontos para ouvir velhos sons, mas experimentar novas sensações; e com disposição para conhecer e reconhecer a participação dos africanos e seus descendentes na construção de Santa Catarina, sujeitos até então invisíveis na história que é de todos nós.

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