Proslógio

Anselmo De Cantuária - Proslógio
A mais famosa obra de Santo Anselmo. As repercussões que o chamado “argumento ontológico”, nela presente, teve ao longo dos séculos seguintes, na pena de grandes filósofos, apontam para a sua inegável importância.


A relação entre fé e razão sempre se mostrou protagonista de diversas discussões e obras, sobretudo por trazer consigo o problema dos limites de uma e outra.
Na filosofia da Idade Média, esse tema acabou ficando sublinhado, uma vez que diante da influência do cristianismo foram desenvolvidos temas complexos e que por muitas vezes desafiavam a razão.
Como falar, por exemplo, de Deus se valendo apenas da razão? Eram com perguntas como essa que os filósofos dessa época se deparavam cotidianamente.
No que diz respeito ao método usado por Anselmo para apoiar sua argumentação, vemos no prólogo do Monológio qual é o caminho usado pelo autor.
Ele afirma que escreve a pedido dos seus irmãos de hábito que desejam ter por escrito aquilo que Anselmo já os havia dito em conversas informais acerca da essência divina. Contudo, os monges formulam o método que deve ser usado.
O método seguinte: sem, absolutamente, recorrer, em nada, à autoridade das Sagradas Escrituras, tudo aquilo que fosse exposto ficasse demonstrado pelo encadeamento lógico da razão, empregando argumentos simples, com um estilo acessível, para que se tornasse evidente pela própria clareza da verdade.
Com isso, percebemos o enorme esforço que Anselmo se propõe a realizar em suas obras. Ele precisa selecionar e organizar argumentos convincentes que consigam comprovar a racionalidade da fé, mas ao mesmo tempo, esses argumentos não podem contradizer as Sagradas Escrituras.
Justamente por isso, Anselmo busca uma conciliação, um equilíbrio entre a fé e razão. Contudo, nesse esforço por apresentar argumentos que sejam aceitos pela razão, Anselmo não perde de vista a fé, ao contrário, “o ponto de partida intelectual arranca sempre da fé, porém apela para a razão para descobrir nela o significado oculto.”
Já no início do Proslógio, Anselmo acena para uma outra possibilidade. Ele próprio afirma que sua primeira obra (Monológio) se tornara de difícil compreensão, muito em virtude da grande quantidade de argumentos que se desenvolvem no interior da obra.
Diante dessa realidade, Anselmo passa a se questionar “se não seria possível encontrar um único argumento que, válido em si e por si, sem nenhum outro, permitisse demonstrar que Deus existe verdadeiramente”.
É dessa maneira que nasce o Proslógio, que traz consigo o famoso Argumento Ontológico, que até hoje é discutido por diversos filósofos. Esse argumento buscava ser, segundo Anselmo, “um argumento suficiente, em suma, para fornecer provas adequadas sobre aquilo que cremos acerca da substância divina.”

 

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Anselmo De Cantuária – Proslógio
A mais famosa obra de Santo Anselmo. As repercussões que o chamado “argumento ontológico”, nela presente, teve ao longo dos séculos seguintes, na pena de grandes filósofos, apontam para a sua inegável importância.
A relação entre fé e razão sempre se mostrou protagonista de diversas discussões e obras, sobretudo por trazer consigo o problema dos limites de uma e outra.
Na filosofia da Idade Média, esse tema acabou ficando sublinhado, uma vez que diante da influência do cristianismo foram desenvolvidos temas complexos e que por muitas vezes desafiavam a razão.
Como falar, por exemplo, de Deus se valendo apenas da razão? Eram com perguntas como essa que os filósofos dessa época se deparavam cotidianamente.
No que diz respeito ao método usado por Anselmo para apoiar sua argumentação, vemos no prólogo do Monológio qual é o caminho usado pelo autor.
Ele afirma que escreve a pedido dos seus irmãos de hábito que desejam ter por escrito aquilo que Anselmo já os havia dito em conversas informais acerca da essência divina. Contudo, os monges formulam o método que deve ser usado.
O método seguinte: sem, absolutamente, recorrer, em nada, à autoridade das Sagradas Escrituras, tudo aquilo que fosse exposto ficasse demonstrado pelo encadeamento lógico da razão, empregando argumentos simples, com um estilo acessível, para que se tornasse evidente pela própria clareza da verdade.
Com isso, percebemos o enorme esforço que Anselmo se propõe a realizar em suas obras. Ele precisa selecionar e organizar argumentos convincentes que consigam comprovar a racionalidade da fé, mas ao mesmo tempo, esses argumentos não podem contradizer as Sagradas Escrituras.
Justamente por isso, Anselmo busca uma conciliação, um equilíbrio entre a fé e razão. Contudo, nesse esforço por apresentar argumentos que sejam aceitos pela razão, Anselmo não perde de vista a fé, ao contrário, “o ponto de partida intelectual arranca sempre da fé, porém apela para a razão para descobrir nela o significado oculto.”
Já no início do Proslógio, Anselmo acena para uma outra possibilidade. Ele próprio afirma que sua primeira obra (Monológio) se tornara de difícil compreensão, muito em virtude da grande quantidade de argumentos que se desenvolvem no interior da obra.
Diante dessa realidade, Anselmo passa a se questionar “se não seria possível encontrar um único argumento que, válido em si e por si, sem nenhum outro, permitisse demonstrar que Deus existe verdadeiramente”.
É dessa maneira que nasce o Proslógio, que traz consigo o famoso Argumento Ontológico, que até hoje é discutido por diversos filósofos. Esse argumento buscava ser, segundo Anselmo, “um argumento suficiente, em suma, para fornecer provas adequadas sobre aquilo que cremos acerca da substância divina.”

 

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