O GFGG (Grupo de Filosofia Greco-Germânica), composto pelos doutorandos Wesley Rennyer (UFRN), Ray Renan (PUCPR) e André Correia (UFRJ), tem a honra de apresentar o segundo volume da coleção Entre O Alvorecer Antigo E O Crepúsculo Moderno, agora sob o título Homem & Natureza. A proposta da atual publicação permanece a mesma da anterior: promover a reflexão filosófica por intermédio de temas relevantes ao colóquio entre Antiguidade e Modernidade.
Para a composição do livro, além dos mencionados organizadores, contamos com capítulos dos professores doutores Gilvan Fogel (UFRJ), Sérgio Wrublevski (PUA), Ivana Costa (UBA), Federico Ferraguto (PUCPR), Narbal de Marsillac (UFPB), Eduardo Campos (IFEN), Bortolo Valle (PUCPR) e do doutorando Márcio Quirino (Universität Oldenburg).
A relação entre homem e natureza conduz aos albores do pensamento filosófico. O próprio Aristóteles, na Metafísica, denomina os primeiros filósofos de φυσικοί (naturalistas), de modo a assinalar a preocupação para com o mundo natural como o centro da investigação desses pensadores. A conjuntura antiga, no que concerne à natureza, não deve, contudo, ser confundida com a acepção moderna da mesma.
Cabe-lhe, nesta última, a circunscrição de objeto das ciências naturais, o qual apresenta-se ao homem sob o viés de oposição e resistência a ser dominado e manejado por intermédio do exercício tecnocientífico. Para o grego, em contrapartida, trata-se da tônica de resguardo que revela o vocábulo φύσις, o qual Cícero traduz por natura, em De finibus bonorum et malorum. Tal tradução, entretanto, não se mostra inadequada, conforme opinião de alguns estudiosos, uma vez que tanto o étimo grego (φύω) quanto o latino (nascor) apontam para a dinâmica da natividade.
Está em questão, portanto, a origem do real enquanto vigência de gênese, isto é, enquanto realização. O ponto nevrálgico desse entorno diz respeito à agonística da própria natureza. De um lado, ela se afigura como a força de realização do real, de outro, como o próprio real. Aí reside sua identidade, seu ato único. Isso significa que tratar da natureza já implica partir dela.
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