
Um livro de extraordinária beleza, contando a história de uma menina que, no convívio imaginário com sua bisavó e sua bisneta, aprende a conviver consigo mesma.
Três tempos e três vivências que se cruzam e se completam numa só pessoa, a menina Isabel.
O diálogo de Isabel – ou melhor, de Bel – com sua avó – Bisa Bia – e, depois, com sua futura bisneta é uma mistura encantadora do real e do imaginário, levando o leitor a perceber as mudanças no papel da mulher na sociedade.
Esse diálogo fica ainda mais divertido quando surge uma terceira “voz”: a Neta Beta, uma menina do futuro, que fala de muitas mudanças que ainda estão por vir.
Com vocês, essas três personagens que são uma só: Bisa Bia, Bel e Neta Beta, vivendo três gerações e um único sonho: a liberdade.
“Quando escrevi Bisa Bia, Bisa Bel só estava era com muita saudade de minhas avós. Vontade de falar sobre elas com meus dois filhos. Não imaginava que pouco depois ia ter uma filha e essa linhagem feminina ainda ia ficar mais significativa para mim.
Nem que a história ia fazer tanto sucesso, ganhar tantos prêmios, ser escolhida como um dos dez livros infantis brasileiros essenciais, ser traduzida pelo mundo afora e, sobretudo, tocar tantos leitores.
Por causa de Bisa Bia, já tomei chá com avós em uma porção de colégios de cidades diferentes, já recebi receitas de biscoitos, ganhei bordados, vi exposições de fotos de família.
Por causa de Neta Beta, nesses ou em outros colégios, ouvi músicas metaleiras do futuro, li jovens utopias sobre o mundo que ainda vem por aí, assisti a desfiles de moda intergalática.
E da Califórnia a Paris, do México a Berlim, passam do por todo o nosso interior, encontrei gente que sorriu ou chorou com Bel e que depois veio me dizer que também tem uma Bisa Bia morando no coração.
Mais que todos os prêmios e todas as críticas elogiosas que o livro recebeu, mais que todos os recordes de venda, sei que esse é o grande presente que Bisa Bia, Bisa Bel continua me dando, sempre — é uma ponte com outros seres humanos, de origens e idades variadas.” Ana Maria Machado
