Ana Lúcia Goulart De Faria & Suely Amaral Mello (Orgs.)- Territórios Da Infância

Territórios Da Infância traz os debates do IV Seminário Linguagens na Educação Infantil realizado no XV COLE - Congresso de Leitura do Brasil.

Territórios Da Infância traz os debates do IV Seminário Linguagens na Educação Infantil realizado no XV COLE - Congresso de Leitura do Brasil.

Esses debates aprofundam reflexões em pauta nos dias atuais sobre as práticas da educação infantil, especialmente enfocando o papel das professoras e dos professores, suas concepções e suas intenções na estruturação de relações com as crianças, na organização de espaços e tempos, na proposição de atividades e condições de produção das culturas infantis entre as crianças… enfim, na articulação das diferentes linguagens pelas quais se estabelece a interlocução do coletivo das crianças pequenas com a cultura constituída e, dialeticamente, se estabelece a possibilidade da interferência infantil nessa cultura.

A riqueza desta coleção, e em especial deste número, é confrontar algumas ideias dominantes tanto no campo da leitura e da escrita como no das políticas e práticas da educação das crianças.

O primeiro ponto é repensar a função social da escola frente a este produto cultural - leitura e escrita – no mundo atual. Se a escola surgiu em um momento histórico em que o desenvolvimento tecnológico, em especial a criação da imprensa, definiu a necessidade de alfabetização das massas, hoje é preciso repensar a primazia da leitura e da escrita como a manifestação privilegiada e, diria, quase única da cultura e da inteligência humana.

A importância dada a esse conhecimento chega a ser nefasta, em relação aos demais. É claro que não somos rousseaunianos a ponto de impedir a leitura e o acesso aos livros.

Mas é preciso afirmar que somos seres simbólicos, criamos muitos códigos para pensar e registrar o pensamento, nós temos várias linguagens, várias estratégias de realizar notações simbólicas, isto é, vários modos de interpretar e expressar nossas ideias, pensamentos, compreensões.

Por que privilegiar apenas uma delas? Se a escola foi construída para propagar a alfabetização, hoje as linguagens e as tecnologias de comunicação são inúmeras e a escola deve preocupar-se com todas as formas de leituras e de escritas.

As crianças pequenas leem e escrevem cotidianamente sem estarem
alfabetizadas; e, os denominados adultos iletrados, também.

O segundo aspecto a ser confrontado é o do tempo social e biológico. A leitura tem sentido diferente de acordo com as capacidades e culturas onde vivem os seres humanos.

Para um bebê, um livro é um convite para o mundo da leitura, mas é, também, livro transformado em brinquedo para: olhar, sacudir, girar, nomear, morder, rasgar.

Para uma criança maiorzinha, o livro é algo para tocar, pegar, acariciar, abrir e fechar, olhar as figuras, nomear. É um objeto que funciona como uma porta por onde entram histórias e personagens, e que propõe imaginar cenas e cenários.

O livro contém histórias que precisam ser lidas para ela, histórias grandes, encantadas, que dão vontade de ler, de se maravilhar, de conhecer o mundo arregalando os olhos e aprendendo a escutar e a imaginar.

http://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-ha-um-tunel-com-luz-no-final-branca/

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Esses debates aprofundam reflexões em pauta nos dias atuais sobre as práticas da educação infantil, especialmente enfocando o papel das professoras e dos professores, suas concepções e suas intenções na estruturação de relações com as crianças, na organização de espaços e tempos, na proposição de atividades e condições de produção das culturas infantis entre as crianças… enfim, na articulação das diferentes linguagens pelas quais se estabelece a interlocução do coletivo das crianças pequenas com a cultura constituída e, dialeticamente, se estabelece a possibilidade da interferência infantil nessa cultura.

A riqueza desta coleção, e em especial deste número, é confrontar algumas ideias dominantes tanto no campo da leitura e da escrita como no das políticas e práticas da educação das crianças.

O primeiro ponto é repensar a função social da escola frente a este produto cultural – leitura e escrita – no mundo atual. Se a escola surgiu em um momento histórico em que o desenvolvimento tecnológico, em especial a criação da imprensa, definiu a necessidade de alfabetização das massas, hoje é preciso repensar a primazia da leitura e da escrita como a manifestação privilegiada e, diria, quase única da cultura e da inteligência humana.

A importância dada a esse conhecimento chega a ser nefasta, em relação aos demais. É claro que não somos rousseaunianos a ponto de impedir a leitura e o acesso aos livros.

Mas é preciso afirmar que somos seres simbólicos, criamos muitos códigos para pensar e registrar o pensamento, nós temos várias linguagens, várias estratégias de realizar notações simbólicas, isto é, vários modos de interpretar e expressar nossas ideias, pensamentos, compreensões.

Por que privilegiar apenas uma delas? Se a escola foi construída para propagar a alfabetização, hoje as linguagens e as tecnologias de comunicação são inúmeras e a escola deve preocupar-se com todas as formas de leituras e de escritas.

As crianças pequenas leem e escrevem cotidianamente sem estarem
alfabetizadas; e, os denominados adultos iletrados, também.

O segundo aspecto a ser confrontado é o do tempo social e biológico. A leitura tem sentido diferente de acordo com as capacidades e culturas onde vivem os seres humanos.

Para um bebê, um livro é um convite para o mundo da leitura, mas é, também, livro transformado em brinquedo para: olhar, sacudir, girar, nomear, morder, rasgar.

Para uma criança maiorzinha, o livro é algo para tocar, pegar, acariciar, abrir e fechar, olhar as figuras, nomear. É um objeto que funciona como uma porta por onde entram histórias e personagens, e que propõe imaginar cenas e cenários.

O livro contém histórias que precisam ser lidas para ela, histórias grandes, encantadas, que dão vontade de ler, de se maravilhar, de conhecer o mundo arregalando os olhos e aprendendo a escutar e a imaginar.

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