Música De Museu: Repensando Um Acervo

Música De Museu provoca reflexões de distintas ordens a respeito dos possíveis diálogos fronteiriços entre musicologia e museologia.

Qual a potência da museologia para se pensar a música? Como o patrimônio musical pode cumprir-se enquanto museu? Movida por essas questões, Aline Azevedo envereda por uma investigação arrojada, a um só tempo filosófica e pragmática.

Sua inquietação surge da experiência como docente da Escola de Música da UEMG, onde também atua como pesquisadora e coordenadora do Núcleo de Acervos da instituição. Diante de um rico e extenso patrimônio da música de Minas Gerais, que abrange documentos do século XVIII ao XXI, a autora busca descortinar novos significados e novas possibilidades de uso social desse legado da música.

Com o intuito de ir além do conhecimento instrumental de gestão desse tipo de acervo, estabelece um vigoroso diálogo entre a musicologia e museologia. Examina percursos históricos tanto quanto a genealogia mitológica dos termos música e museu, para identificar convergências semânticas.

O resultado são proposições originais, que se inscrevem no horizonte da interseção entre os dois campos de conhecimento – musicologia e museologia –, ainda pouco explorado pelas pesquisas acadêmicas.

Do ponto de vista descritivo, a pesquisa analisa as confluências entre música e museu em um arco que se estende da paisagem sonora em museus ao espaço de salvaguarda e extroversão de coleções referenciadas na música, passando pela “música de museus”, ou seja, execuções musicais que utilizam instrumentos de coleções museológicas.

Mas é na reflexão em torno do conceito de museu, em diálogo com pensadores do campo da museologia, em particular com Bernard Deloche, que se encontra a contribuição singular deste livro.

Ao adotar a identificação de museu com a função precisa de ensejar experiências sensíveis da cultura, não importando se conformado a uma instituição ou não, Aline Azevedo constata o status de museu na performance musical. A ideia de museu compatibiliza-se, dessa maneira, a uma arte evanescente como a música, tornando-se presente no momento de sua fruição sensorial.

Música De Museu: Repensando Um Acervo é um livro cuja leitura nos provoca reflexões de distintas ordens, sobretudo, a respeito dos possíveis diálogos fronteiriços entre musicologia e museologia. Sua publicação é muito auspiciosa para todos que vêm trabalhando com categorias de patrimônios, cuja dimensão imaterial tem nos impelido a repensar a própria ideia de museu.

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Música De Museu provoca reflexões de distintas ordens a respeito dos possíveis diálogos fronteiriços entre musicologia e museologia.

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Sua inquietação surge da experiência como docente da Escola de Música da UEMG, onde também atua como pesquisadora e coordenadora do Núcleo de Acervos da instituição. Diante de um rico e extenso patrimônio da música de Minas Gerais, que abrange documentos do século XVIII ao XXI, a autora busca descortinar novos significados e novas possibilidades de uso social desse legado da música.

Com o intuito de ir além do conhecimento instrumental de gestão desse tipo de acervo, estabelece um vigoroso diálogo entre a musicologia e museologia. Examina percursos históricos tanto quanto a genealogia mitológica dos termos música e museu, para identificar convergências semânticas.

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Do ponto de vista descritivo, a pesquisa analisa as confluências entre música e museu em um arco que se estende da paisagem sonora em museus ao espaço de salvaguarda e extroversão de coleções referenciadas na música, passando pela “música de museus”, ou seja, execuções musicais que utilizam instrumentos de coleções museológicas.

Mas é na reflexão em torno do conceito de museu, em diálogo com pensadores do campo da museologia, em particular com Bernard Deloche, que se encontra a contribuição singular deste livro.

Ao adotar a identificação de museu com a função precisa de ensejar experiências sensíveis da cultura, não importando se conformado a uma instituição ou não, Aline Azevedo constata o status de museu na performance musical. A ideia de museu compatibiliza-se, dessa maneira, a uma arte evanescente como a música, tornando-se presente no momento de sua fruição sensorial.

Música De Museu: Repensando Um Acervo é um livro cuja leitura nos provoca reflexões de distintas ordens, sobretudo, a respeito dos possíveis diálogos fronteiriços entre musicologia e museologia. Sua publicação é muito auspiciosa para todos que vêm trabalhando com categorias de patrimônios, cuja dimensão imaterial tem nos impelido a repensar a própria ideia de museu.

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