A Ideologia Da Decadência

O presente trabalho de pesquisa através da investigação e análise da denominada decadência da lavoura, registrada no Maranhão no transcurso do século XIX

O presente trabalho de pesquisa através da investigação e análise da denominada decadência da lavoura, registrada no Maranhão no
transcurso do século XIX, pretende realizar uma leitura crítica de formas de explicação da situação econômica e social da região, que se cristalizaram na vida intelectual.

A mencionada decadência da lavoura, por demais salientada pela imprensa e enfatizada em documentos e pronunciamentos oficiais no decorrer do século passado, suscitou uma infinidade de interpretações empreendidas por produtores intelectuais os mais diversos, segundo as mais variadas formas discursivas.

Artigos em periódicos de circulação ampla produzidos por jornalistas, pronunciamentos proferidos na Assembleia Legislativa Provincial e junto aos Ministérios por destacados mandatários, relatórios, falas e mensagens preparados por presidentes e vice-presidentes da província, ensaios e memórias elaborados por estudiosos vários como juristas e historiadores, planos, projetos e programas intitulados de “racionalização da agricultura” elaborados por engenheiros, matemáticos e técnicos agrícolas e artigos publicados em periódicos especializados, de circulação restrita, redigidos por grandes proprietários de engenhos de açúcar ou seus prepostos representaram algumas manifestações.

A despeito de ocuparem distintas posições na estrutura social e de estarem diferentemente vinculados aos mecanismos de tomada de decisão tais intérpretes encontravam-se irmanados numa mesma preocupação.

Todos eles estavam às voltas com proposições, medidas e recomendações visando solucionar os impasses resultantes da mencionada decadência da lavoura.

Dispondo-a no centro de suas análises e reflexões os estudos produzidos nas primeiras décadas do século xix por autores consagrados como Gaioso, Garcia de Abranches e Paula Ribeiro comumente classificados, nas histórias literárias e pelas agências de legitimação a nível regional, de patronos e clássicos, instituíram-na como elemento essencial para a compreensão da vida econômica e social da província.

A referida decadência da lavoura se impôs como um acontecimento de menção obrigatória nas análises e estudos posteriores que versam sobre aspectos políticos e econômicos do Maranhão no século passado.

A relevância, advinda desta condição de lugar comum, permitiu que o elenco de interpretações contemporâneas de sua própria ocorrência fosse acrescido de outras mais realizadas em décadas ulteriores por historiadores e outros pesquisadores em ciências sociais voltados para trabalhos que envolvam reconstituições históricas.

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A mencionada decadência da lavoura, por demais salientada pela imprensa e enfatizada em documentos e pronunciamentos oficiais no decorrer do século passado, suscitou uma infinidade de interpretações empreendidas por produtores intelectuais os mais diversos, segundo as mais variadas formas discursivas.

Artigos em periódicos de circulação ampla produzidos por jornalistas, pronunciamentos proferidos na Assembleia Legislativa Provincial e junto aos Ministérios por destacados mandatários, relatórios, falas e mensagens preparados por presidentes e vice-presidentes da província, ensaios e memórias elaborados por estudiosos vários como juristas e historiadores, planos, projetos e programas intitulados de “racionalização da agricultura” elaborados por engenheiros, matemáticos e técnicos agrícolas e artigos publicados em periódicos especializados, de circulação restrita, redigidos por grandes proprietários de engenhos de açúcar ou seus prepostos representaram algumas manifestações.

A despeito de ocuparem distintas posições na estrutura social e de estarem diferentemente vinculados aos mecanismos de tomada de decisão tais intérpretes encontravam-se irmanados numa mesma preocupação.

Todos eles estavam às voltas com proposições, medidas e recomendações visando solucionar os impasses resultantes da mencionada decadência da lavoura.

Dispondo-a no centro de suas análises e reflexões os estudos produzidos nas primeiras décadas do século xix por autores consagrados como Gaioso, Garcia de Abranches e Paula Ribeiro comumente classificados, nas histórias literárias e pelas agências de legitimação a nível regional, de patronos e clássicos, instituíram-na como elemento essencial para a compreensão da vida econômica e social da província.

A referida decadência da lavoura se impôs como um acontecimento de menção obrigatória nas análises e estudos posteriores que versam sobre aspectos políticos e econômicos do Maranhão no século passado.

A relevância, advinda desta condição de lugar comum, permitiu que o elenco de interpretações contemporâneas de sua própria ocorrência fosse acrescido de outras mais realizadas em décadas ulteriores por historiadores e outros pesquisadores em ciências sociais voltados para trabalhos que envolvam reconstituições históricas.

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