Filosofia Medieval

Alfredo Carlos Storck - Filosofia Medieval

Por muito tempo, quando pensávamos na Idade Média, vinha-nos à mente a imagem de um período em que a Europa era dominada por cavaleiros, que lutavam para defender e conquistar castelos, por religiosos, que habitavam abadias e construíam catedrais, e por uma grande massa de trabalhadores rurais, geralmente pobres e subjugados. A simples menção desses três personagens (senhores, clérigos e servos) fornecia um quadro das relações sociais como marcadas pelo uso da força e por um grande apego a tendências místicas. O medievo teria sido, segundo uma famosa frase, uma noite de mil anos finda nas luzes do Renascimento. Além disso, quando se pensava nas relações entre árabes e cristãos durante a Idade Média, pensava-se imediatamente nas cruzadas. Pensava-se, portanto, em guerras que movimentavam contingentes de toda a Europa e que encobriam muito mais interesses políticos do que ideais e divergências religiosas.
Gradativamente, porém, nossa concepção desse período foi mudando e aprendemos a ver complexidades e diferenças onde antes víamos preconceitos. As catedrais de Chartres e Colônia e os castelos às margens do Reno são elementos importantes e simbólicos da cultura medieval, mas não dizem, por si só, o que foi esse período. O aspecto religioso foi sem dúvida marcante, mas não a ponto de excluir uma explicação racional do mundo. Quanto às relações entre os mundos latino e árabe, os estudiosos são unânimes em destacar a imensa influência da cultura e ciência árabes sobre os pensadores latinos cristãos. Por exemplo, o mundo árabe foi o palco, entre os séculos IX e XII, de um grande debate acerca da possibilidade de fundamentação racional da fé. Quando os ocidentais procuraram conferir à teologia o estatuto de ciência, foi na maneira como os árabes se colocavam e respondiam às suas interrogações que encontraram inspiração.

Esse livro oferece um panorama da filosofia no período medieval e analisa sua transmissão, principais características e formas literárias de expressão, mostrando que ela não se resume à filosofia cristã.

 

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Alfredo Carlos Storck – Filosofia Medieval

Por muito tempo, quando pensávamos na Idade Média, vinha-nos à mente a imagem de um período em que a Europa era dominada por cavaleiros, que lutavam para defender e conquistar castelos, por religiosos, que habitavam abadias e construíam catedrais, e por uma grande massa de trabalhadores rurais, geralmente pobres e subjugados. A simples menção desses três personagens (senhores, clérigos e servos) fornecia um quadro das relações sociais como marcadas pelo uso da força e por um grande apego a tendências místicas. O medievo teria sido, segundo uma famosa frase, uma noite de mil anos finda nas luzes do Renascimento. Além disso, quando se pensava nas relações entre árabes e cristãos durante a Idade Média, pensava-se imediatamente nas cruzadas. Pensava-se, portanto, em guerras que movimentavam contingentes de toda a Europa e que encobriam muito mais interesses políticos do que ideais e divergências religiosas.
Gradativamente, porém, nossa concepção desse período foi mudando e aprendemos a ver complexidades e diferenças onde antes víamos preconceitos. As catedrais de Chartres e Colônia e os castelos às margens do Reno são elementos importantes e simbólicos da cultura medieval, mas não dizem, por si só, o que foi esse período. O aspecto religioso foi sem dúvida marcante, mas não a ponto de excluir uma explicação racional do mundo. Quanto às relações entre os mundos latino e árabe, os estudiosos são unânimes em destacar a imensa influência da cultura e ciência árabes sobre os pensadores latinos cristãos. Por exemplo, o mundo árabe foi o palco, entre os séculos IX e XII, de um grande debate acerca da possibilidade de fundamentação racional da fé. Quando os ocidentais procuraram conferir à teologia o estatuto de ciência, foi na maneira como os árabes se colocavam e respondiam às suas interrogações que encontraram inspiração.

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