
A presente obra abriga o trabalho coletivo de reunir diversas experiências das Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde do Brasil (VER-SUS/Brasil) em uma edição temática dos Cadernos da Saúde Coletiva.
A aposta em incentivar diferentes formatos de produção sobre o VER-SUS tem relação com o que o poeta Manoel de Barros nos ensinou: “Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.”.
Sobretudo, é na reflexão sobre o quê-fazer da pesquisa que nos tornamos pesquisadores de si, dos outros, das coisas. Assim, proporcionar espaço para se falar das desimportâncias torna visível a dimensão micropolítica do cuidado, da gestão, da aprendizagem; do trabalho em geral.
Trata-se de uma aprendizagem pela inteligência e da aprendizagem significativa, da qual nos falava Freire, da educação permanente em saúde, da qual nos fala Ceccim, ou da alma dos serviços de saúde, como nos alerta Merhy para dizer do plano das tecnologias leves.
As desimportâncias produzem novas alianças do trabalhador com o trabalho, do pesquisador com as descobertas, do professor e do aluno com a aprendizagem.
Assim, buscou-se dar visibilidade às criativas e inovadoras ações no campo da saúde coletiva e/ou formação de profissionais, em relação à formação, à gestão, à participação e ao trabalho em saúde, por meio de produções textuais e imagéticas.
Neste primeiro volume da edição temática VER-SUS – Ser, fazer, compor VER-SUS: Redes de afetos e conhecimentos, os leitores irão encontrar relatos de experiências, poesias, ensaios visuais, que abordam tópicos sobre metodologias das vivências, participação de atores, contribuição para a formação profissional, além de temas que permeiam a construção do Sistema Único de Saúde, a partir de olhares de versusianos.
